
22 anos depois de chegar ao Brasil, José Aron Sendacz voltou à sua terra natal, como integrante da delegação oficial brasileira aos dez anos da instalação do governo nacional naquele país, outrora ocupado pelo invasor alemão.
Se relatório de viagem foi publicado em Um Homem do Mundo. Aqui reproduzimos segmentado em capítulos e com ilustrações atuais, não constantes do texto original.
Chamei a aeromoça e brincando perguntei-lhe: – “O que é isso? Não é por acaso a porta para a cortina de ferro?” – “Não, a cortina de ferro já foi ultrapassada há tempo. Essa torre é do esplendoroso palácio da educação e da cultura, que nos foi presenteado por nossa grande vizinha, a União Soviética”.
“Quando o governo polonês entrou em Varsóvia logo após a libertação – nos contou numa recepção na Câmara Municipal o prefeito Albrecht – surgiu o problema de reconstruir ou construir uma outra capital. Mas o imenso amor da população por sua capital, nos fez tomar a decisão de reconstruir Varsóvia”
Somente a teimosia e responsabilidade do partido e do governo, e a indestrutível força de vontade do povo, possibilitaram a realização de milagres, transformando o antigo país subdesenvolvido num dos países mais industrialmente desenvolvidos da Europa.
Quem visita a Polônia tem a impressão que o país inteiro está trabalhando para as crianças. Dediquei vários dias a visitas nas colônias infantis, palácios da juventude e passei várias horas em companhia da gente miúda, duas vezes almocei com as crianças. Dancei com elas, cantei com elas, conversei com elas durante horas.
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