da Casa do Povo
No dia 19 de abril de 1943, e ao longo dos 28 dias seguintes, judeus e judias confinados no gueto de Varsóvia resistiram e lutaram contra o exército nazista alemão. Desde então, a data vem sendo comemorada — no sentido de “lembrar juntos” –, mas também celebrada, já que dali surgiu um gesto pujante contra todo tipo de opressão, capaz de inspirar outros tempos e lutas.
Em 2021, entre 19 de abril e 16 de maio, acompanhando o período dos 28 dias que marcou os acontecimentos históricos em Varsóvia, a Casa do Povo manteve uma luz acesa, 24 horas por dia, na fachada do prédio.
Este gesto foi a nossa homenagem aos 6 milhões de judeus e judias assassinados na Shoah, levando para a rua a tradicional cerimônia das velas realizada em todo aniversário do Levante. Na atual pandemia, eis a nossa maneira de homenagear os mortos de ontem e também os de hoje.
- Airan Milititsky Aguiar conta os detalhes sobre essa revolta que marcou um dos momentos de resistência mais dramáticos contra o Nazismo durante a Segunda Guerra Mundial.
- Lia Vainer Schucman propõe uma noção ampliada do Levante do Gueto de Varsóvia e fala sobre holocaustos como um ideia no plural.
- Celso Zilbovicius descreve o perfil dos jovens combatentes que se levantaram contra o exército Nazista e conta como conseguiram resistir por mais tempo que exércitos profissionais.
- Eugênio Lima pensa um diálogo entre autores judeus brancos e autores negros, relacionando revoltas de diferentes povos, em diferentes lugares e momentos históricos.
- Saul Kirschbaum olha para a resistência judaica e se pergunta: por que as coisas aconteceram como aconteceram? Por que tantos se mantiveram em silêncio?
- Futura, plataforma da coreógrafa Clarice Lima em colaboração com artistas da dança, propõe um exercício para levantar-se. Como um corpo começa um Levante?
- Hugueta Sendacz relembra as memórias sobre o Levante do Gueto de Varsóvia que ainda vivem no Bom Retiro e conta sobre como foi recebida em São Paulo a notícia do fim da Segunda Guerra Mundial.
- Fernanda Montenegro interpreta a versão em português do poema Zog Nit Keynmol, também conhecido como O Hino dos Partizanos. Hugueta Sendacz conta a história desta que foi a canção de resistência judaica durante a Segunda Guerra Mundial.
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