
Muito do que somos devemos a José Sendacz, um pai na mais ampla concepção do termo. Enquanto esperamos o nascer do sol deste dia dedicado a todos eles no Brasil, pudemos reler suas considerações sobre Janusz Korczak.
A matéria da revista e a conferência n’ A Hebraica trazem muito do que ele acreditava e procurava ensinar, pelo exemplo, não só a nós, seus filhos biológicos, mas às muitas crianças e seus pais a que teve acesso.
Korczak, educador polonês, dedicou toda sua vida à classe privilegiada: as crianças abandonadas da sua Varsóvia. Difícil sintetizar o seu pensamento, mas nos arrisquemos:
A infância não é um prólogo, não é um período de transição para a vida adulta.
A infância é um período independente na vida humana, cheia de beleza própria e profundidade.
Pois foi com esse respeito que José Sendacz nos tratou a todos os infantes, dedicou todos os seus conhecimentos à nova geração e assim atingiu a nota máxima na classificação paterna.
Nos conta que, ao relatar a fúnebre excursão final das crianças de Korczak, uma ordem de última hora o livraria do trágico destino. Este, no entanto, “cuspiu na cara do oficial que trouxe a ordem de soltura e, em seguida, com uma criança doente nos braços, embarcou no vagão de carga, destinado ao transporte de crianças aos fornos crematórios”.
Hoje sei que cresci com a segurança de que José Aron, meu pai, faria o mesmo por qualquer um de nós.
Também de José Aron Sendacz: O Navio Singra; Viagem à Polônia; 132 Trezes de Maio.
Muito lindo Iso.
Obrigada bporc aquecer nosso coração neste dia
Feliz Dia dos Pais
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