Não Há Vagas

Ferreira Gullar, 1963 O preço do feijãonão cabe no poema. O preçodo arroznão cabe no poema.Não cabem no poema o gása luz o telefonea sonegaçãodo leiteda carnedo açúcardo pão O funcionário públiconão cabe no poemacom seu salário de fomesua vida fechadaem arquivos. Como não cabe no poemao operárioque esmerila seu dia de açoe carvãonas oficinasContinuar lendo “Não Há Vagas”

Enquanto isso… Marina Sendacz

Quando o mundo ganhava a penicilina e o Rei Alberto chegava ao Brasil para inaugurar a siderúrgica Belgo Mineira, imigrantes judeus do leste europeu fundavam no Bom Retiro de 1921 o Tzukunf, o clube cujo nome em idiche se traduz por futuro. Assim Marina Sendacz dá início à historiografia do Instituto Cultural Israelita Brasileiro, queContinuar lendo “Enquanto isso… Marina Sendacz”

O que significa “no frigir dos ovos”?

autoria desconhecida, conforme recebido nas redes sociais “Não é à toa que os estrangeiros acham nossa língua muito difícil. Como a língua portuguesa é rica em expressões! Veja o quanto o vocabulário “alimentar” está presente nas nossas metáforas do dia-a-dia. Aí vai. Pergunta:– Alguém sabe me explicar, num português claro e direto, sem figuras deContinuar lendo “O que significa “no frigir dos ovos”?”

Sistema Único de Saúde

Wellington Duarte, CEBES Recife Eu não sei se você sabe, Se não sabe eu vou falarQue o SUS que vem sendo exaltado Tá à beira de desabar  Uma emenda constitucional Piorou o seu financiamento Deixando o SUS no prejuízo No mínimo 20 bilhões a menos   Isso significa que um posto não vai abrir Que a qualidade do serviço só tende a diminuir QueContinuar lendo “Sistema Único de Saúde”

Basta! A liberdade veste Gaviões

Entre os muitos e belos sambas que disputam o enredo Basta! dos Gaviões da Fiel para o próximo carnaval, está a obra de Obra de Luciano Costa, Felipe Yaw, Fadico, Fionda, Lequinho, Mentirinha, Leonel Querino, Sandro Almeida, Marcelo Valente, Rodrigo Dias, Altemar Magrão e Marcelo Adnet – Intérprete Nego. Sou eu, um filho dessa pátria-mãeContinuar lendo “Basta! A liberdade veste Gaviões”

A história da filosofia em cordel

O NetMundi.org – Filosofia na Rede trouxe o original cordel de José Guilherme Soares Teles contando a história da “mãe de todas as ciências”. Como o portal traz a autorização do autor para baixar a História da Filosofia, reproduzimos aqui a primeira parte, em homenagem ao que Drummond define como o gênero poético que “éContinuar lendo “A história da filosofia em cordel”

Casa Arrumada

Carlos Drummond de Andrade (1902-1987) Casa arrumada é assim: Um lugar organizado, limpo, com espaço livre pra circulação e uma boa entrada de luz. Mas casa, pra mim, tem que ser casa e não um centro cirúrgico, um cenário de novela. Tem gente que gasta muito tempo limpando, esterilizando, ajeitando os móveis, afofando as almofadas…Continuar lendo “Casa Arrumada”

Uma reflexão para o cair da tarde*

No Brasil, um brasileiro acordou e desligou o despertador fabricado na China, que marcava 8 horas da manhã. Calçou seu chinelo feito no Paraguai, tomou um banho quente no chuveiro elétrico também chinês e enxugou-se em uma toalha da Indonésia. Fez café na cafeteira importada do Japão e procurou trabalho no seu computador feito naContinuar lendo “Uma reflexão para o cair da tarde*”

O idioma pátrio é inconspurcável

Já havíamos nos servido de Memória, Visão e Esperança, a autobiografia de Luiz Lemos Leite, para ilustrar nosso artigo Ignorância e Necropolitica. Mas o testemunho do estimado colega aposentado de BC e presidente da Anfac sobre a pessoa do Presidente militar é preciosidade digna de nota. Sobre sua escorreição, relatava: “Era formalíssimo e supereducado. EraContinuar lendo “O idioma pátrio é inconspurcável”

Toda a verdade em 8 páginas

Quando em 1979 entrava setembro e a boa nova andava nas ruas chegava às bancas a 1ª edição da Hora do Povo, cuja capa ilustrava exatamente o futuro vereador carioca Antonio Carlos de Carvalho em seu primeiro passeio após a Anistia, em Copacabana. Muitos são os ingredientes que levaram o revolucionário meio de comunicação aosContinuar lendo “Toda a verdade em 8 páginas”