Elder Vieira, 30 de dezembro de 2022 1. Da Democracia Quero prenhe de povo meu ventre, feito bage, rio fuviando de peixe. Feito luz do sol por trás da noite quente, e fábrica, grávida de greve e de gente. Feito o riso de meu povo por entre cerrados dentes, feito a esperança, de novo, noContinuar lendo “Os treze poemas da frente”
Arquivos da categoria: Literatura brasileira
A Copa acabou
Foi-se a Copa? Não faz mal.Adeus chutes e sistemas.A gente pode, afinal,cuidar de nossos problemas. Faltou inflação de pontos?Perdura a inflação de fato.Deixaremos de ser tontosse chutarmos no alvo exato. O povo, noutro torneio,havendo tenacidade,ganhará, rijo, e de cheio,A Copa da Liberdade. Carlos Drummond de Andrade (autor de Mãos Dadas, em foto de 1940) escreveuContinuar lendo “A Copa acabou”
Poesia matemática
Um Quociente apaixonou-seUm diaDoidamentePor uma Incógnita. Olhou-a com seu olhar inumerávelE viu-a, do Ápice à Base…Uma Figura Ímpar;Olhos rombóides, boca trapezóide,Corpo ortogonal, seios esferóides. Fez da suaUma vidaParalela à dela.Até que se encontraramNo Infinito. “Quem és tu?” indagou eleCom ânsia radical.“Sou a raiz quadrada da soma dos quadrados dos catetos.Mas pode chamar-me Hipotenusa.” E falandoContinuar lendo “Poesia matemática”
Às pessoas que eu amo…
mas optaram pelo capitão Uma crônica de Leo Moraes Tem um poema maravilhoso de Baudelaire chamado “Os Olhos dos Pobres”. Nele o poeta descreve um dia passado com uma mulher maravilhosa, com um nível de afinidade e cumplicidade tal que fazia com que ele, cético, chegasse a acreditar na possibilidade de ter encontrado sua almaContinuar lendo “Às pessoas que eu amo…”
A MAÇÃ É INOCENTE
Publicado originalmente em Virtualidades:
Primeiro inventaram que a Eva deu para o Adão uma maçã. Que a Damares não nos ouça, mas todos sabemos que a fruta que ele mordeu não foi essa. E deve ter feito de levinho, sem tirar pedaço algum no calor do momento. Mesmo assim, em função da pauta de costumes,…
A Velhinha Contrabandista
Crônica de Stanilaw Ponte Preta Há alguns dias viralizou nas redes a crônica de Gregório Duvivier, comparando o presidente das motociatas com a velhinha da lambreta. O Diário do Centro do Mundo destaca a frase do colunista da Folha: “caso você queira escapar da investigação por um crime comum, basta cometer um crime contra aContinuar lendo “A Velhinha Contrabandista”
A cultura contra a barbárie
Quando em 2005 era editado Um Homem do Mundo, prefaciamos a obra de José Aron Sendacz como abaixo. Sendo no Brasil o Dia dos Pais, republicamos em homenagem a todos aqueles que se dedicam a seus filhos serem melhores que si próprios. Nós, os mais jovens, a quem o Brasil agraciou o português como línguaContinuar lendo “A cultura contra a barbárie”
Futuro neon
Rosani Abou Adal in Paixão por São Paulo, Editora Terceiro Nome Flores brotam no coração da Sé, a Catedral sorri em uníssono. O chafariz ilumina e acolhe os homens sem teto e sem fruto. Os sonhos refazem a vida que colhe esperanças no altar mor das ilusões. O evangelho é proclamado pelos fiéis no banco daContinuar lendo “Futuro neon”
Lendas indígenas brasileiras
No portal Segredos do Mundo Renata Gonçalves Pereira relata um pouco dos povos originários do Brasil. Ela destaca: “as lendas indígenas nos traz riquezas em histórias, sabedoria e cultura. Até mesmo nos dia de hoje, as lendas despertam a curiosidade!” Segundo Gustavo Ramos, em seu artigo sobre as tribos indígenas, “os índios foram os primeirosContinuar lendo “Lendas indígenas brasileiras”
Soneto do perdido amor
Elder Vieira, 7 de Julho de 2022 Amar e não saber-se enfim amado – eis o que consome e entristece. E o coração que d’uma dor assim padece não pode estar seguro e sossegado. Não se trata de querer-se apaziguado, ou sem fome que de alimento até esquece: É ter um bem que de ausênciaContinuar lendo “Soneto do perdido amor”