Paulo Cesar Ribeiro Lima, ex-engenheiro da Petrobrás e consultor legislativo lembrou que a Petrobrás era uma empresa fantástica, diversificada, integrada do poço ao posto, mas que agora está sendo destruída.
Com informações da Hora do Povo
“Este último presidente da Petrobrás aprofundou e destruiu de fato o maior projeto nacional. Na minha visão, a Petrobrás é o maior projeto nacional. E ela já está basicamente destruída”, destacou Paulo Cesar. “Se não está totalmente destruída, estão dadas as condições para sua destruição completa e, eu diria até, a privatização completa num governo neoliberal. Você destrói o projeto quando você destrói as leis”, prosseguiu o consultor legislativo aposentado.
Para emprestar uma expressão de Paulo Cesar, a Petrobrás está mais para “Petro-Rio-São Paulo”, em razão de seus campos de exploração e refinarias se concentrarem nesses dois Estados.
Ele salientou que esse é um processo longo. “Você não destrói o maior projeto nacional em pouco tempo, foi uma construção que pode culminar na destruição completa, uma privatização completa, ou pode também culminar numa eventual reestatização da Petrobrás, a partir de 2022. A gente tem que ter esperança, mas eu sou pessimista em relação à reestatização da Petrobrás”, observou.
Um dos pontos de atenção, trazido pelo engenheiro, diz respeito à propriedade nacional pública do nosso petróleo: a combinação do regime de partilha entre a empresa e outras petroleiras com a abertura de capital da Petrobrás reduz a um quarto, aproximadamente, as reservas do Brasil no campo de Búzios, por exemplo.
ATAQUES NÃO SÃO SÓ CONTRA A PETROBRÁS
“Eu costumo dizer que estamos voltando à era pré-Vargas, estamos voltando a ser um país produtor e exportador de matérias primas. Então, a reconstrução do Brasil é um grande desafio. Eu digo que a Petrobrás está destruída, mas eu acho que em certo sentido, o país está sendo destruído, não é só a Petrobrás”, disse o consultor legislativo. (+1000 palavras, Hora do Povo)
Paulo Cesar concluiu com as inevitáveis comparações com a China e a Argentina: aprimorando a fórmula nacional-desenvolvimentista, o país asiático partiu, nos anos 1980, de uma economia menor que a brasileira para um patamar já superior, em vários aspectos, ao dos EUA.
Já os nossos vizinhos do sul até hoje não se recuperaram da destruição neoliberal.
3 comentários em “Estão destruindo a nossa maior empresa: a Petrobrás!”