O professor Fernando Nogueira da Costa já havia abordado o relatório do Banco Mundial explicando que a retração econômica atingiu escala global, mas não afetou igualmente todos os países: foi menos severa e duradoura nos países em que os Estados agiram mais prontamente em defesa da nação.
No caso brasileiro, a insegurança alimentar atingiu proporções inesperadas em um país com as terras férteis e a produção agropecuária que tem o Brasil e a carestia aponta para o segundo ano seguido de descumprimento, para pior, da meta de inflação. A desigualdade diminui – pasmem – porque a renda dos mais ricos caiu mais aceleradamente que a dos mais pobres!
Nesta segunda parte, que aponta a “recuperação equitativa” como imperativo da ação pública e privada e considera a sustentabilidade dos investimentos como quesito impostergável, fica mais claro o porquê de tratar das finanças como desafio globalmente importante para os países.
Uma luz vem de o equilíbrio fiscal merecer ser alcançado com a tributação sobre fortunas e altas rendas.

O aumento da dívida pública durante a crise da Covid-19 destaca a necessidade de estratégias capazes de facilitar a gestão eficaz da dívida, sua negociação e o acesso aos mercados de capitais no longo prazo.
Três amplas iniciativas se destacam:
- maior transparência da dívida;
- inovações contratuais; e
- reformas administrativa e tributária.
Uma gestão eficaz e voltada para o futuro exige a divulgação abrangente das demandas possíveis de afetarem o governo e os termos completos dos contratos da dívida. Eventos recentes destacaram o problema das dívidas “ocultas” ou não reveladas e a possibilidade de questionamentos legais sobre a falta de autoridade do governo e de entidades quase governamentais para celebrar contratos de dívida.
A transparência sobre os valores devidos e sobre os próprios contratos não garante uma reestruturação acelerada, mas certamente prepara o terreno para um reconhecimento mais rápido dos problemas de sustentabilidade da dívida. Melhora, assim, a vigilância e oferece…
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Um comentário em “Conclusão do Relatório de Desenvolvimento Mundial 2022”