A unidade fluminense da Universidade Mackenzie inaugurou o semestre letivo de Economia com aula magna do Professor Doutor Fernando Nogueira da Costa, o conhecido titular do blogue Cidadania e Cultura. O acadêmico da Unicamp abordou aspectos teóricos, históricos e a tomada de decisões práticas a respeito da riqueza financeira.
Para “emancipar” mais alguns “membros da classe trabalhadora”, o professor esclareceu a importância do estudo e do domínio conceitual da economia, antes de passar à parte prática da aula: a tomada de “decisões estratégicas” pelos futuros formandos.
Ele explicou como funciona a alavancagem financeira, lastreada no empreendedorismo, inovações distruptivas e especialmente com a tomada de crédito de terceiros; os riscos do emprestador e, portanto, o preço do dinheiro, de acordo com o comportamento do tomador; o conceito de fragilidade financeira, como a distância entre os fluxos de entrada e de saída monetária de um indivíduo ou empresa; como os banqueiros criam dinheiro e renda, bem como a relação entre os dois respectivos multiplicadores; e o que é anatocismo: a cobrança de juros sobre juros, para além do principal da dívida.
O segundo bloco da aula centrou na história do sistema financeiro. Nogueira da Costa contou como os bancos passaram, em longo processo, de depositários de moeda metálica a uma forma abstrata de crédito: o equivalente universal das mercadorias, popularmente conhecido por dinheiro. A própria arrecadação fiscal dos reinados de outrora foi, gradativamente, substituída pela emissão de títulos de crédito.
Para não ficar atrás, os bancos também passaram a criar suas próprias moedas privadas, muitas vezes fora do controle do Estado.
Sobre o bloco final, em que Fernando ensina os truques para a acumulação financeira, deixamos ao leitor, além das transparências, a recomendação de assistir à aula, que, como explicou, segue a legalidade das regras do jogo.
Apenas observamos que a multiplicação financeira da renda, embora teoricamente tenda ao infinito, não é universal, ficando uns com parte da renda do outro, no final das contas.
Tendo em vista às CENSURAS impostas neste BLOG às análises divergentes, faço apenas nota de pesar em relação à democracia “especial” aqui aplicada.
PAULO MARCOS
CurtirCurtir