É curioso, quase patético, como certos economistas “marca barbante” se aventuram a dizer, talvez movidos pelo exacerbamento do negacionismo que sole acontecer em período eleitoral, que o país está bombando pela ação do ultraliberal governo Bolsonaro. Se o mercado seria o motor supremo da atividade econômica, como apregoam os propagandistas oficiais, por que tamanha defesa do intervencionismo governamental para a produção de um resultado medíocre?
Não se trata de comparar o Brasil com países no exterior, outro argumento bem ao gosto dos iludidos, como é o caso da China que, a despeito de se encontrar na origem da crise sanitária atual cresceu mais que o Brasil todos os anos e foi de um PIB menor em 1980 a um PIB per capita maior já há algum tempo, menos ainda com a URSS, que 3% ao ano crescia durante a segunda guerra mundial, de 25 a 30% fora dela, por duas décadas.
Mas sobretudo de, além de abrir mão do Poder de Estado para cuidar do país, por inépcia ou incompetência, o governo ter apresentado a menor taxa de crescimento desde 1999, como o próprio professor proferiu na véspera.

Foto: Arquivo/ Agência Brasil
De acordo com a Fiesp, “o 2º semestre não deverá repetir o mesmo dinamismo, em grande parte devido aos efeitos defasados do significativo aperto monetário”
O resultado do Produto Interno Bruto no segundo trimestre deste ano de 1,2% na comparação com o trimestre anterior foi puxado pelo setor de serviços, segundo divulgou nesta quinta-feira (1º) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), totalizando R$ 2,4 trilhões em valores correntes. Em 2022, o primeiro semestre acumula alta de 2,5%. Em comparação com o mesmo trimestre de 2021, cresceu 3,2%.
Após um tombo de quase 4% em 2020, Bolsonaro e seu ministro da Economia, Paulo Guedes, diziam que a economia “bombava”, que se recuperava em “V”, quando o país atingia recordes de desemprego, inflação e índices de pobreza. Para o economista José Luis Oreiro, a economia recuperou o que havia perdido em 2020, “mas nada mais além…
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