Ontem ainda falávamos da necessidade de uma nova política monetária, que atenda ao determinado na Lei da Autonomia do BC de fomentar o pleno emprego e empurrar o PIB para cima. Eis que um dos melhores economistas do Brasil, professor da UNB, aponta mais alternativas ao remédio que, como disse o Senador Serra em campanha presidencial, só difere do veneno na dosagem, hoje extremamente elevada para o Brasil.
Recentemente estive participando de um debate no Corecon-DF sobre o comportamento da taxa de juros no Brasil (https://www.youtube.com/watch?v=qufwmPuW3JA&t=20s). Na minha apresentação procurei focar sobre o comportamento de longo prazo da taxa de juros (Selic real ex post), o qual apresenta um nível estruturalmente elevado na comparação com a taxa de juros internacional ajustada pelo prêmio de risco país (Ver Figura 1 abaixo). Contudo, foi inevitável que o debate também abordasse o comportamento mais recente da política monetária, em particular o último ciclo de elevação da Selic iniciado em março de 2021 que elevou a selic nominal do patamar de 2% a.a para o patamar de 13,75% a.a em agosto de 2022. Na comparação internacional o Brasil foi um dos primeiros, se não o primeiro país do mundo, a iniciar o processo de “normalização” da política monetária e o fez num ritmo muito superior ao observado nos países que iniciaram mais…
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