A recente pesquisa realizada para o BTG Pactual pela FSB traz, além da confirmação da avaliação negativa do governo Bolsonaro, um aspecto pouco abordado em outros institutos do gênero: a reforma administrativa.



É visualmente evidente a concordância do eleitor que o Estado brasileiro deve ser mais eficiente, parecendo a uns que o projeto de lei em curso favorecerá a melhora e a outros que a sua aprovação o tornará pior.
O economista Paulo Gala já demonstrou que “o setor público brasileiro tem produtividade bem alta e emprega relativamente pouco“. Também é bem sabido que a universalidade do exercício dos direitos do cidadão só pode ser alcançada como bem público, vez que o interesse pelo lucro na atividade econômica tem contradição com o atendimento de acordo com as necessidades individuais, que teimam em ser maiores quanto menor o poder aquisitivo do indivíduo.
A linha geral de trabalho do atual governo age no sentido do desmonte do Estado nacional, de modo a transferir as atividades mais interessantes financeiramente ao setor privado e procurar eliminar as demais, para que os cofres públicos se dediquem principalmente a atender à predatória volúpia por juros dos rentistas que o procuram controlar.
Enquanto não fica claro a serviço de quem se quer um Estado mais eficiente, é prudente aprofundar o debate sobre a reforma administrativa, inclusive aproveitando o período eleitoral.
E, até lá,
#diganãoàReformaAdminstrativa