O Brasil quer um Estado mais eficiente. Para quem?

A recente pesquisa realizada para o BTG Pactual pela FSB traz, além da confirmação da avaliação negativa do governo Bolsonaro, um aspecto pouco abordado em outros institutos do gênero: a reforma administrativa.

É visualmente evidente a concordância do eleitor que o Estado brasileiro deve ser mais eficiente, parecendo a uns que o projeto de lei em curso favorecerá a melhora e a outros que a sua aprovação o tornará pior.

O economista Paulo Gala já demonstrou que “o setor público brasileiro tem produtividade bem alta e emprega relativamente pouco“. Também é bem sabido que a universalidade do exercício dos direitos do cidadão só pode ser alcançada como bem público, vez que o interesse pelo lucro na atividade econômica tem contradição com o atendimento de acordo com as necessidades individuais, que teimam em ser maiores quanto menor o poder aquisitivo do indivíduo.

A linha geral de trabalho do atual governo age no sentido do desmonte do Estado nacional, de modo a transferir as atividades mais interessantes financeiramente ao setor privado e procurar eliminar as demais, para que os cofres públicos se dediquem principalmente a atender à predatória volúpia por juros dos rentistas que o procuram controlar.

Enquanto não fica claro a serviço de quem se quer um Estado mais eficiente, é prudente aprofundar o debate sobre a reforma administrativa, inclusive aproveitando o período eleitoral.

E, até lá,

#diganãoàReformaAdminstrativa

Publicado por Iso Sendacz

Engenheiro Mecânico pela EESC-USP, Especialista aposentado do Banco Central, diretor do Sindicato dos Escritores no Estado de São Paulo e da Engenharia pela Democracia, conselheiro da Casa do Povo, Sinal, CNTU e Aguaviva, membro do Partido Comunista do Brasil. Foi presidente regional e diretor nacional do Sinal. Nascido no Bom Retiro, São Paulo, mora em Santos.

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