
Do seu loteamento original à condição de um dos bairros mais legais do mundo – o primeiro do Brasil! -, o Bom Retiro encerra muitas histórias.
Localizado entre os rios Tietê e Tamanduateí, ele foi formado, no século 19, por algumas chácaras e sítios, como a “Chácara do Bom Retiro” que deu origem ao nome do bairro. Estas propriedades eram usadas como retiros de fim de semana pelas famílias mais ricas e tradicionais da cidade.
Já contamos muitas delas, para ler ou reler enquanto você se prepara para os festejos na Newton Prado: a vida no bairro no século 20; o comércio; o teatro TAIB; a Casa do Povo; o pletzale; a fundação do Corinthians.
Nova pesquisa internacional, da britânica Time Out, classificou a bom-retirense Rua Três Rios no sétimo posto global das “ruas mais legais do mundo”. Situada entre a antiga Escola Politécnica e a Graça, têm ou tiveram endereço nas suas queridas cinco quadras a antiga Faculdade de Pharmácia, hoje Centro Cultural Oswald de Andrade, a Saladinha Record, o Colégio Santa Inês, a Burikita, o Ginásio Israelita Brasileiro Scholem Aleichem, o supermercado Otugui e muito mais, além de muita gente boa que mora lá e os já citados Casa do Povo e TAIB.
A rua homenageia o Marques de Três Rios, Joaquim Egídio de Souza Aranha, que na bucólica paisagem do século 19 lá tinha o seu Solar, em que se hospedou outrora a Princesa Isabel.

Foi também o primeiro endereço no Brasil de Abrão e Pola Rajnstajn, em 1928. Uma severa chuva, no entanto, danificou-lhe de cara as máquinas de boneteria que havia trazido da sua Polônia natal.

É verdade que a gente pode sair do Bom Retiro, mas o Bom Retiro nunca sai da gente. Como dizia Juó Bananère, “o Buritiro mora aqui”.
Comemore o aniversário do bairro, mas com prevenção.
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