Oswaldo Cruz e a revolta da vacina

Cômica seria se não fosse trágica a resistência ao progresso imunológico nos dias de hoje. Propagar a transformação dos vacinados em jacaré não condiz com o aprendizado de mais de cem anos sobre a ciência. Vetustos senadores de então, como Lauro Sodré e Barata Ribeiro, retratados em 1904 por O Malho, resistiam desde os respectivos mandatos à obrigatoriedade da vacinação contra a varíola, bastante letal nas condições sanitárias de então.

Felizmente Oswaldo Cruz não se dobrou à negação da realidade e, em poucos anos, o Brasil se viu livre da chaga. Do laboratório doméstico à direção do Instituto Soroterápico, passando pelos estudos em Paris e o doutoramento em vehiculação microbiana pelas águas, o médico sanitarista deixou realizações e lições que hoje o mundo segue no enfrentamento ao inimigo invisível.

O Senado da República conta a história da revolta e a reviravolta:

Em 1910 foi a vez de O Malho elevar Oswaldo Cruz à condição de herói. E no ano recém-findo ganhamos os versos de Chico Cesar (Marchinha do Pico):

Eu vou tomar vacina

Já estou de braço estendido

Com o muque amarrado para tomar esse pico

Publicado por Iso Sendacz

Engenheiro Mecânico pela EESC-USP, Especialista aposentado do Banco Central, conselheiro da Casa do Povo, EngD, CNTU e Aguaviva, membro da direção estadual paulista do Partido Comunista do Brasil. Foi presidente regional e diretor nacional do Sinal. Nascido no Bom Retiro, São Paulo, mora em Santos.

6 comentários em “Oswaldo Cruz e a revolta da vacina

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