
Não se passaram muitos dias desde que o Presidente da República Federativa do Brasil, Jair Bolsonaro, garantiu ter um “cheque de R$ 20 bilhões” para comprar vacinas, mas o “produto está em falta”.
Se de incompetência ou irresponsabilidade, o fato é que, mais de um ano após o início da pandemia global, o país ainda patina na necessária imunização do seu povo. Mesmo tendo se passado um século da Revolta da Vacina, que resistia à erradicação de doenças transmissíveis vencidas por Oswaldo Cruz e outros pioneiros, o Chefe da Nação brasileira se diz impotente ante a realidade dos fatos e pouco ou nenhum trabalho realiza em favor da sofrida gente brasileira. Antes o contrário, sequer cumpre em público as boas normas preventivas e resiste até à vacinação da própria mãe, temeroso de virar filho de jacaré.
O valor parece suficiente para comprar as centenas de milhões de doses necessárias às duas aplicações que cada brasileiro adulto requer, mas para conseguir os insumos é preciso mais do que preencher um cheque ou mandar um avião até o país fabricante. É preciso ter boas relações com os fornecedores, recorrentemente achincalhados de forma oficial pelo potencial comprador.
E os recursos restantes, relativos às necessidades logísticas de distribuição do delicado produto e à campanha educativa para, inclusive, superar a desinformação que “gripezinha” possa ter causado? Poderiam ser sacados da conta de juros, mas não só.
Por exemplo, só da Lavajato, R$ 19 bilhões de propina e R$ 22 bilhões de sonegação tiveram acordo de devolução aos cofres do Estado. Um montante capaz de triplicar a disponibilidade de caixa para salvar vidas e acelerar a retomada da economia.
A força-tarefa, e não só ela, foi encerrada por orientação do Presidente da República quando familiares e amigos seus estavam na alça de mira.
Assim, nova pergunta paira no ar: o cheque de Bolsonaro é do governo ou familiar? Porque nessa segunda hipótese operações como a “abafa-a-jato” só atrasará ainda mais a vacinação.
#UnidospelaVacina #TodospelaVacina #VacinaSim
Um comentário em “O “cheque de 20 bilhões” do senhor Presidente da República”