
Exposto previamente o cenário internacional, seguimos documentando a aula magna de Nilson Araujo de Souza aos servidores dos Tribunais de Contas sobre os rumos da economia nos tempos atuais.
O professor esclarece que a tendência da economia nacional já era de queda desde o final do ano passado: a atual crise brasileira teve início em 2014 com três anos de recessão seguidos por outros três de estagnação e um crescimento menor o ano passado, em relação aos dois precedentes.
O grave evento pandêmico que atingiu o Brasil a partir de março só fez agravar mais rapidamente a situação econômica já preocupante: Araújo explicou que 41% das industrias nacionais paralisaram totalmente a produção desde então.
Se o maior número de pessoas precisa ficar em casa para enfrentar o vírus e a economia precisa de reforço, como fazer?
O economista dá a receita:
- acelerar a transferência da renda mínima para cem milhões de trabalhadores e pequenos e micro empresários;
- moratória das dívidas empresariais com os bancos, como foi feito nos EUA dos anos 30, que já receberam mais de um trilhão de reais como injeção de liquidez;
- injetar liquidez nas empresas, já que os bancos não tem repassado os recursos;
- ampliar as transferências a Estados e Municípios, sem reduzir salários dos servidores, que estão na linha de frente do combate ao Covid-19.
Em suma, é preciso mais que o estado keynesiano: garantir a vida e a economia hoje; senão, as pessoas morrem e a economia quebra!
Segundo Nilson, um eventual endividamento público seria por causa nobre. Mas sendo o Estado o emissor da moeda, ele se soma ao leque de economistas que vai de De Bolle a Belluzo, de Oreiro a Bresser, passando por dois ex-presidentes do BCB, Fraga e Meirelles, naquilo que já se chama de união heterodoxa pela expansão monetária no Brasil.
Inflação? Com a ociosidade da indústria, o economista assegura ser mínima a pressão sobre os preços.
E com o caminho por ele indicado, as pessoas e empresas vão ter dinheiro não só para manter o distanciamento social como também para consumir e produzir logo após a vitória brasileira sobre a economia. Que será tão mais breve quanto antes o governo federal agir em favor do Brasil.

Bom artigo professor Nilson
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Caro Jamil, agradeço os elogios, observando que sou o Iso Sendacz. O Professor Nilson ministrou a aula magna a que me referi e da qual extrai os pontos do artigo.
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