Criptomoedas – uma introdução

Enquanto não chegamos ao século 24, tempo em que, segundo Gene Rodenberry, não haverá mais dinheiro, preocupamo-nos tanto em preservar o seu valor de troca e reserva como em armazená-lo de forma segura.

Antes de mais, é preciso esclarecer que o dinheiro já assumiu muitas formas na história, de conchas coloridas a cédulas e moedas que homenageiam a história das Nações, mas sempre funcionou, ou deveria funcionar, como equivalente das soma das mercadorias disponíveis para troca e do capital acumulado ao longo dos séculos.

As diversas representações da foto ao lado têm valor para as pessoas porque a sociedade organizada em Estado imprime poder de troca a todas elas, garantindo-se ora na base material existente, ora sob o argumento da força.

Por um lado, o material é facilmente portável mas, por outro, pode sumir por roubo ou incineração, por exemplo. A sociedade não terá mais ou menos dinheiro se alguns desses eventos ocorrerem – cédulas inservíveis podem ser substituídas por outras novinhas -, porém eventualmente a sua propriedade muda de mãos.

Na medida em que se aproxima o futuro, cada vez mais pode-se usar o poder da computação para, em uma determinada combinação de prótons e elétrons que só o dono e o custodiante do dinheiro deveriam saber, registrar todo o dinheiro do mundo e suas transações entre as pessoas de uma forma segura e prática para o comércio de bens, serviços e propriedades feito entre as pessoas de qualquer nacionalidade.

Criptografia

A segurança dos registros financeiros pode ser obtida por muitos meios. Dois são os mais relevantes: a criptografia dos dados e a cópia dos arquivos originais. Esta última precisa ser armazenada em local distinto da mídia original, levando em conta riscos de destruição física do meio, por terremoto, enchente ou incêndio, por exemplo.

Já a criptografia pode ser conceituada como um embaralhamento dos números e letras que somente com uma tabela tradutora, a mesma que foi usada para criptografar os dados originais, é possível ao cidadão comum e mesmo à maquina processadora de dados, o computador, ler o que foi escrito sobre o dinheiro e saber o que pertence a cada um e como ele troca de bolso.

Tecnologias como o blockchain podem auxiliar muito em manter os dados íntegros e seguros, favorecendo a digitalização crescente dos meios de guarda de dinheiro e o pagamentos entre pessoas. Mas quem garante que a soma dos registros mascarados é suficiente, nem mais nem menos, para comprar tudo o que existe de propriedade no mundo? Leia a seguir.

Publicado por Iso Sendacz

Engenheiro Mecânico pela EESC-USP, Especialista aposentado do Banco Central, conselheiro da Casa do Povo, EngD, CNTU e Aguaviva, membro da direção estadual paulista do Partido Comunista do Brasil. Foi presidente regional e diretor nacional do Sinal. Nascido no Bom Retiro, São Paulo, mora em Santos.

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