Hora do Povo – Destaques 2016

Toda a verdade em 8 páginas

Em 2016, Dilma Roussef foi impedida de governar o Brasil e substituída por seu vice, Michel Temer. As capas registradas no Arquivo de Internet mostram o aprofundamento da submissão do país ao receituário neoliberal.

O ataque governamental à atividade industrial, aos direitos trabalhistas e ao Sistema Único de Saúde foi secundado por larga pedalada fiscal. A Petrobras tornou-se alvo predileto dos partidos governistas: duas séries de reportagens revelam como o PT e o PMDB agiam para subtrair recursos da maior empresa brasileira. Obras como a Repar e Abreu e Lima davam mostra de como a coisa funcionava, tendo a Odebrecht como operadora principal e participação do BTG Pactual e Sete Brasil.

No centenário de Ulisses Guimarães, o PT perdia todos os segundos-turnos da eleição municipal. A luta por tornar o Brasil grande e justo prosseguia, com a defesa da Petrobras. A índústria, cujo papel desenvolvimentista foi destacado de Álvaro Vieira Pinto a Che Guevara, passando destacadamente por Getúlio Vargas.

Próceres da República mantinham as unhas de fora, objetos da Operação Mãos Limpas: Renan Calheiros, as empresas fantasmas de Henrique Meirelles.

A Justiça enfrentava adversidades no Parlamento: nova lei procurava “anistiar crimes pesados” e coibir “supostos abusos de autoridade” – a MP 703 dava à impunidade força de lei; outra facilitava a evasão de divisas; e não foi aprovada a desapenação do caixa 2; como não foi a volta de Dilma à presidência.

Por tudo isso e muito mais, a hora demandava novas eleições.

O diretor do jornal e psiquiatra Carlos Lopes falava do manicômio antimanicomial.

A cultura nacional teve na formação do idioma brasileiro sua presença, a estética nacional por Luiz Peixoto e o combate ao racismo por Manoel Antonio de Almeida. E o heroísmo cultural dos dias correntes.

Da história, Antonio Ermírio de Morais e o empresariado nacional, o papel de Silva Jardim na Proclamação da República; a revolta dos escravos no fim do Imperio – o fim da escravidão era objeto da obra de Rui Barbosa e Machado de Assis.

No mundo, mais agronegócio, mais fome; a derrota de Hilary Clinton e seu sanguinário imperialismo nos EUA; e a correlação da Revolução Cubana e a libertação da África.

Carlos Drumonnd de Andrade escreveu sobre Tiradentes. O HP rememorou a história. Veja também os apontamentos de Rui Marini sobre o herói pátrio.

Publicado por Iso Sendacz

Engenheiro Mecânico pela EESC-USP, Especialista aposentado do Banco Central, diretor do Sindicato dos Escritores no Estado de São Paulo, conselheiro da Casa do Povo, EngD, CNTU e Aguaviva, membro da direção estadual paulista do Partido Comunista do Brasil. Foi presidente regional e diretor nacional do Sinal. Nascido no Bom Retiro, São Paulo, mora em Santos.

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