Dinheiro move o mundo e o desenvolvimento?

Por evidente o artigo trazido pelo professor Fernando Nogueira da Costa não trata das forças físicas que fazem a Terra girar em torno do próprio eixo e em torno do Sol. Refere-se o acadêmico estadunidense Sachs ao nobre movimento das forças sociais e suas relações de produção.
A fórmula apresentada envolve um fluxo monetário dos países mais desenvolvidos aos mais pobres, em moldes parecidos com o fenômeno observado nos primórdios do imperialismo, a famosa “fase superior do capitalismo”. Sucedeu, como é bem sabido, ao movimento comercial de excedentes de produção oriundos das primeiras revoluções industriais, o movimento da capital-dinheiro em troca de juros e capital-maquinário voltado à remessa de lucros. Tudo garantido à manu militare.
O investimento em escala global na erradicação da pobreza e na sustentabilidade ambiental, além da busca do conforto material e a paz entre os homens de boa e mesmo não tão boa vontade parece depender mais superação das relações de produção capitalistas, com uma etapa de independência nacional no meio do caminho, do que das boas intenções dos detentores do capital convocados à tarefa por Sachs.

O título original não contém a interrogação.
Mas vamos ouvir as suas razões.

Blog Cidadania & Cultura

Jeffrey Sachs é diretor do Centro de Desenvolvimento Sustentável, da Columbia University, e presidente da Rede de Soluções de Desenvolvimento Sustentável da ONU. Publicou o seguinte artigo (Valor, 09/05/23).

A chave para o desenvolvimento econômico e para acabar com a pobreza é o investimento. Um país alcança a prosperidade investindo em quatro prioridades.

1. A mais importante é investir nas pessoas, por meio da qualidade na educação e na saúde.

2. A seguinte é a infraestrutura, como eletricidade, água potável, redes digitais e transporte público.

3. A terceira é o capital natural, proteger a natureza.

4. A quarta é o investimento empresarial.

A chave é o financiamento: mobilizar recursos para investir na escala e na velocidade necessárias.

Em princípio, o mundo deveria operar como um sistema interconectado. Os países ricos, com altos níveis de educação, saúde, infraestrutura e capital empresarial deveriam fornecer amplo financiamento para os pobres…

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Publicado por Iso Sendacz

Engenheiro Mecânico pela EESC-USP, Especialista aposentado do Banco Central, conselheiro da Casa do Povo, EngD, CNTU e Aguaviva, membro da direção estadual paulista do Partido Comunista do Brasil. Foi presidente regional e diretor nacional do Sinal. Nascido no Bom Retiro, São Paulo, mora em Santos.

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