A opinião dos banqueiros e demais rentistas, parte interessada em receber os juros do Tesouro, é contaditada por cinco distintos cientistas econômicos da academia, cada qual professor da cadeira em uma universidade brasileira.
O tema abordado pelo Valor Econômico tem sido recorrentemente comentado nas redes, inclusive sobre aspectos comportamentais do Copom e a eventual relação entre a alienação do patrimônio público e a elevação insistente da taxa básica de juros.
Oreiro, inclusive, sintetizou em crônica o princípio da contra-indução de Simonsen, aplicado ao distanciamento do BC autônomo do pleno emprego e suavização das flutuações da economia, como prega a lei.
Por Pedro Cafardo
Para economistas, a alta da Selic é injusta e ineficiente

Vem aí uma nova escalada dos juros. A Selic será elevada de 11,75% para 12,75% na
próxima semana. E o presidente do BC, Roberto Campos Neto, que se declarou
surpreso com o IPCA de 1,62% em março, já “sinalizou” que haverá mais um
aumento, em junho. O mercado gosta de usar o verbo sinalizar, em geral para
indicar que está tudo decidido.
A opinião da Faria Lima é unânime. A alta dos juros é necessária para conter a
inflação, a maior em 28 anos em março. Se o BC encerrar o processo de alta em
maio, haverá risco de “desancoragem de expectativas” para a inflação de 2023. A
expressão entre aspas é outra predileta do mercado. Significa que os investidores
vão prever inflação mais alta se os juros não…
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