A reportagem de Mauro Zafalon traz um aspecto prático da dependência: fenômenos internacionais fizeram subir o preço do trigo que o Brasil importa.
Para que “o pãozinho seja cada vez mais brasileiro” e seu consumo popular não seja onerado pelos humores de fora, a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária mais uma vez se lança à tropicalização agrícola, como já havia feito com a soja e o milho.
Chegou a vez de o trigo ampliar seu espaço nas terras cultiváveis brasileiras.
Mesmo caminho, aponta Fernando Nogueira, que se deve buscar em relação aos fertilizantes, também item destacado da pauta de importações.

Mauro Zafalon (FSP, 09/04/22) publicou reportagem sobre um fenômeno desconhecido por muitos: o pãozinho francês deverá ser mais brasileiro nos próximos anos. A guerra da Ucrânia mostrou a necessidade de o país repensar algumas atividades agrícolas, principalmente a do trigo.
O Brasil foi afetado fortemente em dois pontos fundamentais na dependência externa que o agronegócio tem:fertilizantese trigo.
No caso do primeiro, as importações vêm diretamente de um dos países envolvidos no conflito, que é a Rússia. Com relação ao trigo, tanto Ucrânia comoRússiasão importantes exportadores mundiais do cereal.
Embora os dois não tenham importância direta no volume de trigo importado pelo Brasil, o país está sofrendo os efeitos do repique internacional dos preços.
A produção nacional deste ano deverá subirpara 7,9 milhões de toneladas, com consumo de 12,7 milhões. Daí a necessidade de importação de 6,5 milhões de toneladas. Boa parte será nos patamares atuais…
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