As explicações de Fernando da Costa Nogueira para o novo instrumento preparado pelo Banco Central indicam que a finalidade da peça é macroeconômica. Não é preciso mais que andar pelas ruas das grandes cidades para ver que a enorme massa de desalentados, subocupados e mesmo boa porção dos empregados não aumentou a sua poupança durante a pandemia, é sabido que a renda se concentrou por diversos mecanismos, durante a crise sanitária.
A migração da poupança para o consumo, mesmo no cenário mais otimista do estudo apresentado, não parece capaz de saciar as mais básicas necessidades daqueles que ganham uma fração do 1% mais rico no Brasil.
E a carestia tende a constranger o consumo, em quantidade, mesmo dos que têm reserva para queimar.

Uma estimativa mensal da Renda Nacional Disponível Bruta das Famílias (RNDBF), desenvolvida pelo Banco Central, substituirá a estimativa da Massa Salarial Ampliada Disponível (MSAD), uma medida de renda considerando, além da massa de rendimentos do trabalho, outros rendimentos recebidos pela população, como benefícios previdenciários e de proteção social e rendimentos financeiros.
A MSAD subestima a renda das famílias tanto por escopo – algumas parcelas da renda não estão contempladas na MSAD – quanto porque a metodologia de cálculo faz a adição algébrica dos valores nominais das proxies mensais e algumas dessas proxies subestimam os respectivos componentes da renda.
O rendimento misto bruto equivale ao rendimento obtido pelos empregadores e pelos trabalhadores por conta própria. São parcelas de renda não possíveis de ser especificadas exclusivamente como rendimento do trabalho…
Ver o post original 1.198 mais palavras
Excelente coluna
CurtirCurtir