Pelos critérios de Easterlin, não se pode dizer que o Brasil é um país de gente feliz. Não obstante as crises sanitária, moral e econômica, a concentração da renda e o aumento da miséria dos brasileiros que sobrevivem à Covid-19 faz parecer que há quem viva às custas de milhões de outros, muitas vezes sem morar nem ostentar cidadania no Brasil.

Criador do chamado paradoxo felicidade-renda, ao qual foi conferido seu nome, e pioneiro no estudo da relação entre satisfação pessoal e dinheiro, Richard A. Easterlin chega aos 95 anos, completados em janeiro, batendo na mesma tecla que o inspira desde 1974, quando publicou seu primeiro estudo sobre a questão. Um aumento de renda pode significar no curto prazo uma maior sensação de bem-estar, mas a médio e longo prazos não é o dinheiro que traz felicidade, diz ele, que se considera feliz em parte por se dedicar exatamente a esmiuçar o tema, como disse ao Valor, por e-mail.
Seu mais recente livro, “An Economist’s Lessons on Happiness – Farewell Dismal Science!” (“Lições de um economista sobre felicidade – Adeus, ciência triste!”, em tradução livre), entrou na lista das 16 melhores obras de economia do primeiro semestre de 2021 do “Financial Times”, na seleção feita por Martin Wolf…
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2 comentários em “Economia da Boa Vida em lugar da Economia da Felicidade”