A Fundação FHC realizou interessante debate com foco em comódites e logística no Brasil. Vistos os temas que deram nome ao evento, trata-se de abordar agora o “problema número zero” da logística brasileira: a entrada do Porto de Santos.
Quem assim o classificou foi Frederico Bussinger. Nos terminais, a mecanização elevou por três a eficiência média da operação.
A malha ferroviária que, segundo Júlio Fontana, receberá ainda este ano o ramal do tronco norte-sul, recuperou o patamar original de 20% do ingresso no porto, após ter retrocedido a meros 4% no final do século passado. Isso significa que 80% chega por via rodoviária, em nível, lembramos, triplicado.
Como lembraram os especialistas convidados, há ainda muito espaço no Brasil para crescer o movimento de cargas; é preciso cuidar do entorno metropolitano da Baixada Santista; e o planejamento estatal integrado permite reduzir custos de investimento e problemas ambientais futuros.
Como veremos na parte final desta série, ao debate deve ser acrescido a industrialização do que chega e do que vai embarcar, oportunidade de negócios esquecida nos planos oficiais; e o cuidado especial com cargas perigosas, potencialmente danosas ao meio ambiente e aos caiçaras do entorno das instalações.

Série em quatro capítulos:
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