Quando os especialistas afirmam que o movimento internacional de capitais (oportunistas) deve-se à diferença entre os preços dos ativos nos EUA e no resto do mundo, significa que o dinheiro que saiu do Brasil a dólar mais baixo voltou comprando mais reais. A cada rodada, tiram um pedaço de nós sem nada fazer além de singelas operações internacionais de câmbio.
Um exemplo real: em junho alguém trouxe 1 bilhão de dólares e comprou 5,47 bilhões de reais. Em dezembro, comprou 1,054 bilhão de dólares, em razão da queda da cotação. E volta agora com 5,67 bilhões de reais.
Fazendo isso várias vezes por dia, todos os dias, o ganho meramente financeiro é muito maior.

Adriana Cotias e Gabriel Roca (Valor, 18/02/2021) informam: na onda dos mercados emergentes, o Brasil voltou a atrair um pouco de investimentos estrangeiros em carteira e, se melhorar sua imagem externa, há quem ache essa tendência pode se manter em 2021. Os volumes estão ainda aquém do potencial, quando se pensa na fartura de recursos disponíveis no mundo e se compara a outros mercados. Mas desde junho de 2020, o país atrai um fluxo progressivo de capital externo para ações e dívida.
Segundo dados do Instituto de Finanças Internacionais (IIF), no segundo semestre US$ 29,1 bilhões ingressaram no Brasil, depois de saídas de US$ 35,5 bilhões na primeira metade do ano quando o mundo entrou na pandemia de covid-19. Os números preliminares de janeiro indicam os emergentes prosseguirem como diversificação geográfica de riscos dos estrangeiros.
O perfil desse investimento não está totalmente claro. Alguns acreditam ser o dinheiro mais oportunista
Ver o post original 1.505 mais palavras