Evaldo Stanislau, o bom doutor

Sempre que lemos estatísticas de óbito por determinada doença, é prova inequívoca de que não fomos liquidados por ela ou outras moléstias fatais. O que, obviamente, não significa que não estejamos doentes, infectados ou sujeitos a microscópicos agressores no futuro.

Resgato essa história após conhecer o médico santista Evaldo Stanislau, professor doutor – também no sentido acadêmico da palavra – da Universidade de São Paulo. Infectologista, é pesquisador do Departamento de Moléstias Infecciosas e Parasitárias do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP. Também, na cidade e região, atua e lidera vários projetos assistenciais e de ensino, além de ser fundador e diretor técnico do Grupo Esperança.

Uma das doenças que destrói vidas mundo afora é a Hepatite C, objeto de vasto estudo de co-autoria do Dr. Evaldo, que contribuiu e contribui para que as hepatites virais da espécie deixem de ser um problema de saúde em 2030.

Em entrevista de 2015 ao Blogue da Saúde, da jornalista Conceição Leme, Stanislau diagnostica a situação presente: “A primeira tarefa para atingir a meta da OMS é diagnosticar mais. Menos de 10% dos infectados sabem da sua condição sorológica. […] A segunda tarefa é tornar a nova terapia, comprovadamente muito mais eficaz, mais acessível aos pacientes.” Ele refere-se aos novos medicamentos, que elevam a chance de cura dos antigos 30% para incríveis 99% nos dias atuais.

O médico santista atende, com ênfase no sistema público de saúde, os acometidos do mal, classificado como silencioso por seus poucos sintomas, mas que aflige 1,4 milhões de brasileiros e dezenas de vezes mais gente ao redor do globo. Felizmente, como se vê da sua atividade junto ao Ministério da Saúde e à OMS, ele não se contenta em beneficiar somente os que lhe são pacientes.

Conheci Evaldo neste ano. Causou-me a impressão de pessoa que alia seu excelso saber com grande generosidade no combate à dor dos desvalidos. Lembra uma antiga e justa máxima: “de cada um segundo a sua capacidade, a cada um segundo a sua necessidade”. Seu sonho de um novo sistema público de Saúde merece ser a obra de todos nós. Em Santos, no Brasil e ao redor do planeta.

Publicado por Iso Sendacz

Engenheiro Mecânico pela EESC-USP, Especialista aposentado do Banco Central, conselheiro da Casa do Povo, EngD, CNTU e Aguaviva, membro da direção estadual paulista do Partido Comunista do Brasil. Foi presidente regional e diretor nacional do Sinal. Nascido no Bom Retiro, São Paulo, mora em Santos.

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