PIB per capita, produtividade e renda das famílias

Naercio Menezes Filho é membro da Academia Brasileira de Ciências e professor de economia na USP e no Insper. Decompõe o PIB de cada brasileiro em quantidade de trabalhadores e produtividade individual.

A recente recuperação do nível de 2012 – aquém ainda do valor do ano seguinte – mostra o fator quantitativo mais presente que o qualitativo. O professor atribui isso à baixa formação das novas gerações, ainda que o acesso à escola tenha melhorado nos últimos lustros.

A busca do pleno emprego é positiva, sem dúvida, mas elevará mais rapidamente a renda das famílias se vier acompanhada pela absorção da tecnologia pelos trabalhadores, tanto no uso como na concepção e fabricação em solo pátrio.

Mas há um terceiro fator que não aparece no gráfico: uma parte significativa da produção total não é revertida nem para os investimentos na ampliação e melhora do processo produtivo, nem é distribuída aos trabalhadores como renda para o consumo: são as despesas da ciranda financeira, que formam capital improdutivo no bolso de uns poucos rentistas, nem todos e talvez a menor parte da casta sediada no Brasil.

Publicado por Iso Sendacz

Engenheiro Mecânico pela EESC-USP, Especialista aposentado do Banco Central, diretor do Sindicato dos Escritores no Estado de São Paulo e da Engenharia pela Democracia, conselheiro da Casa do Povo, Sinal, CNTU e Aguaviva, membro do Partido Comunista do Brasil. Foi presidente regional e diretor nacional do Sinal. Nascido no Bom Retiro, São Paulo, mora em Santos.

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