Há um ano, o próprio Fernando Nogueira demonstrava que a redução da desigualdade no Brasil devia-se mais à queda de renda dos assalariados mais abonados do que à melhoria da renda dos mais pobres.
A ampliação do bolsa família e o ligeiro aumento real do salário mínimo fizeram avançar um pouco a base da pirâmide, mas mesmo assim o histórico do índice de Gini parece estável ao longo dos anos. Metade dos brasileiros sobrevive ainda com menos de meio salário-mínimo – o que está vigente, não o que deveria ser, de acordo com o a lei que o instituiu.
Mas a disparidade de renda dos 1% mais ricos caiu de 38 para 32 vezes…

Com a ampliação doAuxílioBrasilpara R$ 600 às vésperas da eleição e a geração de vagas de trabalho, adesigualdade de renda entre ricos e pobrescaiu em 2022, último ano do governo Jair Bolsonaro (PL), para o menor nível de uma série histórica iniciada em 2012, segundodados divulgados nesta quinta-feira (11)peloIBGE(Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
O abismo entre os extremos da população é medido pelo índice de Gini, que varia de 0 (igualdade máxima) a 1 (desigualdade máxima).
Em 2022, o Gini do rendimento domiciliar per capita (por pessoa) recuou a 0,518, o menor nível da série em 11 anos, após subir a 0,544 em 2021.
Apesar da queda no ano passado, o índice ainda segue em um nível elevado se comparado ao de outros países, segundo o IBGE.
O rendimento domiciliar per capita da metade da população mais pobre subiu 18%…
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EXPLIQUE O MILAGRE.
PAULO MARCOS
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Como se lê no artigo republicado, houve aumento no bolsa-família no final do ano e outro neste, além da correção, ainda que bem pequena, do salário-mínimo. O que não inibe, como publicamos, a relativa estabilidade histórica do índice de Gini no Brasil.
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