Sendo o Natal feriado nacional no Brasil, é tempo de congraçamento de todos os brasileiros pelo novo tempo que está nascendo. Do Papa Francisco, Chefe de Estado e personalidade vinculada à efeméride que hoje se comemora em boa parte do mundo, já havíamos trazido considerações sobre a economia de Francisco, o Santo, bem como a relação da sua fé com o comunismo.
Neste dia festivo, repercutimos sua recente fala aos sindicalistas italianos, que recebeu em audiência no Vaticano. Matéria de Silvonei José, no Vatican News.
“Não há sindicato sem trabalhadores e não há trabalhadores livres sem sindicatos”: foi o que disse o Papa Francisco recebendo nesta manhã de segunda-feira, na Sala Paulo VI, cerca de 6 mil membros da Confederação Geral Italiana do Trabalho. Foi um encontro com pessoas que fazem parte de organizações sindicais históricas da Itália. No seu discurso o Papa expressou mais uma vez a sua proximidade para com o mundo do trabalho e, em particular, com as pessoas e famílias que mais lutam.
Francisco destacou que vivemos em uma época que, apesar dos avanços tecnológicos – e às vezes precisamente por causa desse sistema perverso chamado tecnocracia – em parte decepcionou as expectativas de justiça no âmbito trabalhista. E isto exige, antes de tudo, reiniciar do valor do trabalho, como um lugar onde a vocação pessoal e a dimensão social se encontram. O trabalho permite que a pessoa se realize, viva a fraternidade, cultive a amizade social e melhore o mundo.
O trabalho constrói a sociedade, reafirmou o Papa. É uma experiência primária de cidadania, na qual uma comunidade de destino toma forma, fruto do compromisso e dos talentos de cada indivíduo. E assim, na rede comum de conexões entre as pessoas e os projetos econômicos e políticos, ganha vida dia a dia o tecido da “democracia”.

Caros amigos, se recordo esta visão, é porque entre as tarefas do sindicato está a de educar ao sentido do trabalho, promovendo a fraternidade entre os trabalhadores. Esta preocupação formativa não pode faltar. É o sal de uma economia saudável, capaz de fazer do mundo um lugar melhor.
De fato, acrescentou o Papa “os custos humanos são sempre também custos econômicos e as disfunções econômicas sempre implicam também custos humanos”. Desistir de investir nas pessoas para obter um lucro mais imediato é um mau negócio para a sociedade”. (+507 palavras, Vatican News)
Em seu documentário “Quem Vamos Invadir Agora?“, Michael Moore traz um pouco do mundo do trabalho na Itália.