Mello aponta importantes e imprescindíveis aspectos da proposta política de Lula, tratando do emprego e da renda dos brasileiros, inclusive com ajuda emergencial para superar a insegurança alimentar. Tudo isso sem descuidar da responsabilidade fiscal que, segundo ele e o professor Fernando Nogueira da Costa, tem historicamente condicionado o ambiente de crescimento à geração de superávits.
No entanto, há outro lado, como em toda questão que envolve moeda. Se o Brasil não produzir as mercadorias de interesse nacional – aquelas necessárias e de desejo da população – permanecerá na armadilha da dependência das importações, podendo faltar ou tornar muito caros os produtos que o dinheiro distribuído pela circulação econômica possa comprar.



Fernando Canzian (FSP, 11/05/22) informa: as primeiras diretrizes do plano de governo da chapa Lula-Alckmin preveem o fim do teto de gastos e a revogação da reforma trabalhista, mudanças aprovadas no governo Temer (2016-1018).
Segundo o professor da Unicamp Guilherme Mello, 39, coordenador do Núcleo de Acompanhamento de Políticas Públicas – Economia do PT (que compartilha a função com Aloizio Mercadante), um eventual governo Lula buscará um novo regime fiscal, baseado em experiências internacionais, que priorize o gasto social, dinamize a economia e reduza a relação dívida/PIB —principal indicador de solvência do país.
“Temos33 milhões de pessoas passando fome. A prioridade é atender essas pessoas com políticas públicas” diz Mello. “Do ponto de vista do economista, isso é gasto. Mas há o impacto multiplicador desse gasto.”
Mello defende que o PT foi e voltará a ser responsável fiscalmente. “Se tem alguém que pode falar em…
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