Mobilidade urbana de baixo carbono

O Ministério de Desenvolvimento Regional concluiu, em parceria com o Banco Interamericano de Desenvolvimento, estudo de cinco anos com vista à transição da mobilidade urbana no Brasil à condição de zero emissão.

Do projeto, seis cadernos conceituam e instruem as Administrações para o processo, fundamental à preservação da vida no planeta.

De acordo com a definição legal trazida pelo MDR, “mobilidade urbana é a condição em que se realizam os deslocamentos de pessoas e cargas no espaço urbano”. Uma mobilidade urbana adequada contribui para a redução:

  1. dos níveis de congestionamento de tráfego;
  2. do tempo de deslocamento;
  3. do número de acidentes viários;
  4. do custo dos deslocamentos;
  5. da emissão de gases de efeito estufa (GEE); e
  6. de poluentes atmosféricos, ocasionando a melhoria da qualidade de vida da população.

O caderno introdutório conceitua ainda mobilidade urbana sustentável como o resultado de um conjunto de políticas públicas de transporte, integrado ao planejamento urbano, que visa proporcionar o acesso amplo e democrático ao espaço urbano e às oportunidades equilibrando aspectos sociais, econômicos, ambientais e culturais; Mobilidade Urbana de Baixo Carbono como a realização de deslocamentos de pessoas e cargas nas cidades com o menor nível possível de emissões de GEE; e Mobilidade Urbana Zero Emissão como o deslocamento de pessoas e cargas sem a emissão de GEE ou de poluentes atmosféricos no uso final.

Além de dois cadernos de gestão – relativos à demanda da mobilidade e à informação -, três modalidades ecológica e socialmente avançadas foram apresentadas:

No CRT de Zero Emissão, o MDR ilustra as modalidades de transporte que não poluem, em figura de elaboração própria (2020):

Fonte: elaboração própria do MDR (2020), in Zero Emissão

Segundo o Acordo de Paris, compete ao Brasil reduzir 37% das suas emissões até 2025, com vista a atingir, em 2030, os níveis de 2005. O setor de transportes responde por quase 14% do total das emissões nacionais. Além de contribuir para a meta, o MDR cita como vantagens “impactos positivos no meio ambiente, na qualidade de vida e na saúde pública da população, em especial para a população vulnerável que enfrenta impactos desproporcionais à saúde causados pelas mudanças climáticas e pela poluição ambiental”.

Em um país com vastas manchas urbanas, o que pode ser feito de imediato? “Transporte ativo, a mobilidade elétrica, a gestão da mobilidade, a logística sustentável e práticas como eco-driving e teleatividades são ações eficazes no processo de transição”, aponta o MDR.

Confira também a segunda parte: Eletromobilidade e Transporte Viário.

Siglas: MDR – Ministério de Desenvolvimento Regional; BID – Banco Interamericano de Desenvolvimento; GEE – gases de efeito estufa.

Publicado por Iso Sendacz

Engenheiro Mecânico pela EESC-USP, Especialista aposentado do Banco Central, conselheiro da Casa do Povo, EngD, CNTU e Aguaviva, membro da direção estadual paulista do Partido Comunista do Brasil. Foi presidente regional e diretor nacional do Sinal. Nascido no Bom Retiro, São Paulo, mora em Santos.

3 comentários em “Mobilidade urbana de baixo carbono

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