A analista é estadunidense e a recuperação tratada é da economia dos EUA. No Brasil, as previsões anunciadas para o terceiro trimestre deste ano envolvem inclusive encolhimento do PIB, o que não deixaria os ricos do país satisfeitos, enquanto a quase totalidade da população mergulha em mais profundo desalento.
Importante relembrar que os ganhos retratados na bolsa de Nova Iorque são em geral do mercado secundário, um dinheiro que não chega às empresas para investir em expansão do parque produtivo e dos estoques, gerando mais empregos em si e na cadeia produtiva que integram. De concreto, está deixando os ricos mais ricos e os pobres mais pobres, concentrando a riqueza existente e pouco gerando de novo capital produtivo. É a fase terminal do capitalismo.


Karen Petrou é sócia-gerente da Federal Financial Analytics e autora de“Engine of Inequality: The Fed and the Future of Wealth in America”.
Publicou artigo no The New York Times,12 de Julho de 2021. A autora defende uma tese à primeira vista paradoxal para os críticos da elevação dos juros: “quanto mais as taxas permanecem ultrabaixas, a economia não voltará a crescer, mas sim a desigualdade continuará crescendo”.
Uma Economia de Mercado de Capitais, sonho da equipe do ministério da Economia no Brasil, é distinta de uma Economia de Endividamento Público ou Bancário. Lá nos States, juros baixo provoca bolha de ativos e maior concentração da riqueza. Aqui, no ano passado, houve um arremedo disso… Resultado: fuga da renda fixa para ativos de risco: ações e dólar. Traduzo-o abaixo.
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