
Sérgio Cruz, na Hora do Povo
Não se trata mais de uma mera “rachadinha” nos gabinetes famigliares, o que já é muito grave, mas de tentativa de desvio de milhões dos cofres públicos; é a estabilidade do servidor que protege o bem público, permitindo que cuide do interesse da população sem a pressão de um corrupto de plantão.
“O servidor concursado do Ministério da Saúde, Luís Ricardo Fernandes Miranda, lotado no Departamento de Logística do órgão, informou ao presidente que estava sendo pressionado por seus superiores para assinar uma nota fiscal autorizando o pagamento antecipado de US$ 45 milhões por um lote de 300 mil doses da vacina à empresa Madison (Biotech), com sede no paraíso fiscal de Singapura, num contrato entre o governo Brasileiro e a empresa Precisa, intermediária da farmacêutica indiana Bharat Biontech.
NOTA ILEGAL
O funcionário recusou-se a assinar, já que o contrato não determinava nenhum pagamento antecipado e, além disso, segundo o próprio servidor, não é correto, num contrato entre o governo e a Precisa, o pagamento ser feito para uma terceira empresa. No dia 20 de março ele foi até o Palácio da Alvorada, junto com o irmão, o deputado Luís Miranda (DEM-DF), e os dois alertaram Jair Bolsonaro sobre o que estava ocorrendo. Segundo o servidor e o deputado, o presidente teria prometido levar o caso à Polícia Federal.
1000% DE SOBREPREÇO
Em dezembro, outro comunicado diplomático dizia que o produto fabricado na Índia “custaria menos do que uma garrafa de água”. Em fevereiro deste ano, o Ministério da Saúde pagou US$ 15 por unidade (R$ 80,70, na cotação da época) – a mais cara das seis vacinas compradas até agora. O resultado final, ente a primeira oferta e o contrato assinado pelo governo brasileiro há um sobrepreço de 1000%. (+805 palavras, Hora do Povo)
A reforma administrativa – PEC 32/2019 – é acabado exemplo de como se quer facilitar não só o assalto estrangeiro ao patrimônio nacional como a nomeação do miliciano certo para posições de Estado que remunerem ilegalmente os serviçais de interesses que nem um pouco nacionais ou populares são.
#diganãoàreformaadministrativa