Do sistema financeiro brasileiro é esperada a promoção do desenvolvimento equilibrado e o serviço aos interesses da coletividade.
Em termos práticos, o governo exige apenas prudência das instituições que autoriza funcionar, fixando um preço básico do dinheiro que nem de longe é seguido pelo mercado, que só oferta crédito a taxas muito superiores àquelas que o próprio governo lhe garante “livre de riscos”.
Enquanto o PIB cai, o cartel dos maiores lucros acumula lucros até maiores que em tempos de crescimento da atividade produtiva e dos benefícios sociais, seu dever constitucional precípuo.
Segundo John Zysman, no livroGovernments, Markets, and Growth(Cornell University Press, 1983), a etapa final neste breve esboço de sistemas financeiros é considerar as várias maneiras pelas quais os governos operam nos mercados financeiros.
Em primeiro lugar e mais obviamente, os governos gerenciam a criação de dinheiro para atingir as metas de taxa de juros ou de oferta de moeda. Esses objetivos são perseguidos por meio de técnicas de comprimento de braço, como manipular o nível de reservas exigido para um banco deve manter, ou por meios mais diretos, tais como o estabelecimento de limites quantitativos sobre o que cada banco pode emprestar.
Segundo, os governos administram e regulam os sistemas financeiros para garantir a estabilidade e a solvência das instituições individuais. Para este fim, os bancos centrais atuam como credores de último recurso para garantir as incompatibilidades de fundos ou a falta de liquidez no sistema não desencadearem…
Engenheiro Mecânico pela EESC-USP, Especialista aposentado do Banco Central, conselheiro da Casa do Povo, EngD, CNTU e Aguaviva, membro da direção estadual paulista do Partido Comunista do Brasil. Foi presidente regional e diretor nacional do Sinal.
Nascido no Bom Retiro, São Paulo, mora em Santos.
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