Emprego, emprego, emprego

Logo após reconfirmado no cargo por mais quatro anos, o prefeito paulistano Bruno Covas estabeleceu sua prioridade de governo: “nós temos que fazer da nossa gestão mantra na busca de emprego, emprego, emprego e busca de oportunidades”.

A tarefa não será fácil. O aumento de quase 400 mil vagas com carteira assinada em outubro não tem nada de extraordinário, como pretendeu na imprensa o Ministro Paulo Guedes. No ano, foram fechados 171 mil postos de trabalho no território nacional, parte importante na capital paulista.

Mesmo assim, há dúvidas quanto aos números do Ministério da Economia:

Hora do Povo: “Para especialistas, apenas a mudança nos critérios de dados e alta subnotificação podem explicar os resultados do Caged – já que o país ainda enfrenta a pandemia e a economia vai de mal a pior.

Nos primeiros meses de resultados positivos, o economista [Daniel Duque] da FGV comparou os dados no MTE com os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) para levantar a hipótese de subnotificação do Caged. Após a apresentação das informações de outubro, Duque reafirmou que mudanças na compilação dos dados pode ser responsável por essa discrepância: ‘é possível que as mudanças trazidas no Caged no período da pandemia, inclusive com estabelecimentos mais fracos em geração de vagas saindo da amostra, estejam interagindo com esse cenário conjuntural’.

30 milhões de brasileiros sem trabalho

A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad-Contínua), divulgada pelo IBGE, afirma que o desemprego no país chegou a 13,8 milhões de pessoas no trimestre encerrado em agosto. Nesse período, o emprego com carteira assinada caiu ao seu menor nível desde 2012, para 29,385 milhões – 3,7 milhões a menos do que no período anterior.

Em meio à explosão do desemprego no país, que entre desempregados, desalentados e os que ficaram de fora da força de trabalho, atinge mais de 30 milhões de brasileiros, segundo o IBGE, Bolsonaro comemorou os resultados do Caged de outubro em cerimônia no Palácio do Planalto nesta quinta-feira (26). Segundo ele, Paulo Guedes está fazendo um bom trabalho e é ‘insubstituível’”.

Desemprego atinge taxa recorde de 14,6%.

“Mais 1,3 milhão de desempregados no terceiro trimestre, diz IBGE

A taxa de desemprego do país saltou para um novo recorde no terceiro trimestre do ano, alcançando 14,6%, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na manhã desta sexta-feira (27). Isso significa que 14,1 milhões de brasileiros estavam procurando emprego no período de julho a setembro.

“Essa é a maior taxa registrada na série histórica do IBGE, iniciada em 2012, e corresponde a 14,1 milhões de pessoas. Ou seja, mais 1,3 milhão de desempregados entraram na fila em busca de um trabalho no país”, informou o IBGE.” (+62 linhas, Hora do Povo)

Urgem a manutenção do auxílio emergencial, enquanto perdurar a crise sanitária e econômica; a adoção de um pacto nacional pelo emprego; e a retomada do desenvolvimento nacional. Autoridades, empresários e trabalhadores têm muito a contribuir nesse sentido.

Publicado por Iso Sendacz

Engenheiro Mecânico pela EESC-USP, Especialista aposentado do Banco Central, conselheiro da Casa do Povo, EngD, CNTU e Aguaviva, membro da direção estadual paulista do Partido Comunista do Brasil. Foi presidente regional e diretor nacional do Sinal. Nascido no Bom Retiro, São Paulo, mora em Santos.

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