Quatro afrontas de Bolsonaro e Guedes

José Luis Oreiro apresentou ao portal Disparada uma súmula das mais recentes propostas econômicas do governo federal. Parte delas já havia, de véspera, debatido com o banqueiro Gabriel Galípolo, no Além das Urnas.

O conjunto de medidas reforça a visão do economista sobre o caráter empobreirista-entreguista do governo federal, que não tem outro rumo senão o de conduzir o Brasil à barbárie.

São elas:

  1. Desindexação dos benefícios previdenciários, que significa a aplicação de um imposto inflacionário sobre as aposentadorias, reduzindo-lhe ano a ano o poder de compra; o mecanismo regressivo sobre os mais pobres foi temporariamente suspenso com o arquivamento do Renda Brasil.
  2. Inflação de alimentos, devida ao fim dos estoques reguladores da Conab, a entressafra e as vantagens cambiais e tributárias aplicáveis à exportação; o governo foi leniente em não garantir a segurança alimentar dos brasileiros durante a crise sanitária.
  3. Reforma administrativa, que visa reduzir salários públicos ao invés de elevá-los na esfera privada, extinguir serviços prestados à sociedade e por fim à estabilidade do servidor, transformando o Estado em refém de governantes de plantão. Algo como aumentar de 25 mil para 1 milhão os cargos de confiança.
  4. Teto de gastos limitando despesas obrigatórias, exceto financeiras, agora acompanhado de rompimento, para baixo, dos pisos constitucionais de gastos em Educação e Saúde.

Oreiro revelou ainda três conceitos do vernáculo ministerial, traduzindo o significado oculto de cada um:

  • desindexação para financiar o governo com a inflação;
  • desvinculação para permitir ao governo fugir de suas obrigações com os direitos sociais constitucionais e desmontar fundos públicos; e
  • desobrigação com os pisos de investimentos e gastos obrigatórios

José Luis Oreiro é catedrático em Economia na UNB, desenvolvimentista e titular da página Economia, Opinião e Atualidades.

Publicado por Iso Sendacz

Engenheiro Mecânico pela EESC-USP, Especialista aposentado do Banco Central, conselheiro da Casa do Povo, EngD, CNTU e Aguaviva, membro da direção estadual paulista do Partido Comunista do Brasil. Foi presidente regional e diretor nacional do Sinal. Nascido no Bom Retiro, São Paulo, mora em Santos.

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