Em seu seminário, o Fonasefe (Fórum das Entidades Nacionais dos Servidores Públicos Federais) apontou: não há serviço público de qualidade sem servidores públicos.
É nesse sentido que o Fonacate (Fórum Nacional Permanente das Carreiras Típicas de Estado) vem qualificando o debate em torno da Reforma Administrativa e lança mais dois cadernos, desta vez tratando das questões relativas ao desempenho dos servidores e a gestão de pessoas que trabalham no Estado brasileiro.
Os deputados federais Prof. Israel Batista (PV/DF) e Tiago Mitraud (Novo/MG), da Frente Parlamentar do Serviço Público, agradeceram a generosidade dos servidores em apresentar elementos ao debate. Ambos destacaram a importância da profissionalização do Estado: os cargos públicos não são objetos de barganha política, devem ser ocupados por servidores concursados e servir ao interesse público.
Israel pontuou sobre os “atos falhos” do Ministro Guedes, explicando que os salários na esfera pública sequer acompanharam a inflação dos últimos anos. Já Tiago lembrou que é preciso aproveitar as experiências internacionais, que combinam a proteção do cidadão com o respeito ao servidor.
O diretor da Fundação Lemann, Weber Sutti, também saudou a coleção. É preciso apresentar evidências e conceitos para construir um novo Estado.
Os novos cadernos são de autoria da professora de Administração da UNB Elaine Rabelo Neiva, com experiência em gestão de pessoas em ambiente corporativo. Segundo ela, a avaliação de desempenho é complexa, pois nem sempre o indivíduo tem pleno controle dos fatores que influem no seu fazer.
Elaine esclareceu que a característica coletivista do Brasil, própria da cultura latina, não recomenda a individualização da avaliação nem o seu foco exclusivamente nos resultados, em razão do risco de não reconhecer o papel de cada um na produção de todos e desestimular o próprio desempenho pessoal, afetando negativamente a atividade estatal.
O coordenador das comissões técnicas do Fórum e presidente da Afipea José Celso Cardoso sintetizou em quatro os pontos de bom desempenho do servidor público:
- Estabilidade do servidor público;
- Remuneração adequada e previsível no tempo;
- Cooperação, em vez de competição; e
- Autonomia de atuação das associações profissionais.
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