
Se há algo que une quem trabalha na União é a consciência da importância de um excelente serviço público para toda a sociedade, com maior atenção à sua camada mais vulnerável.
É em defesa do Estado e da cidadania que o Fonasefe – Fórum das Entidades Nacionais dos Servidores Públicos Federais – reúne em representantes das mais diversas categorias nesta semana.
Na abertura do seminário virtual, Adriana Stella, da CSP-Comlutas, clamou por um dia nacional de lutas para ampliar o diálogo com a sociedade. Somente o Estado, nesta crise sanitária sem precedentes, é capaz de minimizar os danos da pandemia, esclareceu Pedro Armengol, da CUT. Em que pese a sua desestruturação perpetuada por sucessivos governos, os servidores estão em campo cuidando da saúde e da segurança públicas com o risco de suas próprias vidas.
A deputada gaúcha do PSOL, Fernanda Melchionna, cumprimentou os participantes esclarecendo que não é democrático um país onde 42 milionários agregaram bilhões ao seu patrimônio, enquanto nove milhões de trabalhadores perderam seus empregos. Fizeram-se presentes, em apoio ao serviço público, as frentes Brasil Popular e Povo sem Medo.
Lideranças sindicais presentes destacaram o caráter autoritário do governo – em um ano e meio foram mais de 130 medidas provisórias e 700 decretos; a precarização do quadro de servidores, em que concursos são substituídos por terceirização e até o setor militar é crescentemente temporário; e o teletrabalho imposto pela crise sanitária tem obrigado ao servidor arcar do seu salário custos que deveriam ser providos pelo Estado.
A desinformação veiculada por um certo Instituto Milleniun, origem e destino de parte substancial da equipe econômica do governo federal não permitiu ao Fonasefe esperar o Seminário para reagir: seu manifesto e a repercussão desproporcionalmente modesta foram tratadas pelo Apito Brasil
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