Um bom exemplo da construção coletiva do saber em benefício de toda a sociedade pode ser visto no vídeo seguinte:
A Associação dos Pesquisadores Científicos do Estado de São Paulo parte do seu café da manhã para mostrar como os mais de uma dezena de Institutos de Pesquisa contribuem para o consumo saudável e sustentável de frutas e madeiras, de leite e de carne, bem como criam métodos e ferramentas que aceleram a produtividade no campo e na cidade.
Cada Instituto tem a sua especialidade, mas todos eles têm uma coisa em comum: são estatais e asseguram aos pesquisadores a estabilidade e os laboratórios necessários à maturação das descobertas que fazem.
Dos resultados aproveitam todos os consumidores e produtores, em termos de ganhos de qualidade e preços cada vez mais baratos, porque o saber é público.
E o que sucede quando monopólios privados patenteiam determinados conhecimentos e técnicas, nem sempre fruto de seu próprio investimento em pesquisa? A Humanidade fica na dependência da boa vontade do dono da empresa, que pode ser socialmente útil em termos de desenvolvimento humano ou o oposto, como apontamos em Rockefeller e os Remédios Petroquímicos.

Em 1906 os franceses viram Santos Dumont levantar voo com o “mais pesado que o ar” nos campos de Bagatelle. O brasileiro recusou a patente do seu invento, contentando-se com a glória de ajudar o ser humano a voar.
Se todos ficassem mais felizes com o resultado do seu trabalho do que com os cifrões da sua conta bancária, “fazer mais e melhor” pelo prazer de realizar um bem social, como prevê Gene Rodenberry para o século 24, a vida de todos seria mais agradável do que é hoje para uma gigantesca maioria das pessoas.
Será que precisaremos ainda de três séculos de guerras e cartórios para apender essa verdade simples, que a pesquisa em ciência social já revelou faz tempo?
Leitura complementar sugerida:
A ciência que engana para o bem no setor público, de Fernanda Boldrim, n’O Estado de São Paulo.
Mais um caso clássico de apropriação indébita. É de saber comum que a energia elétrica distribuída mundo afora é alternada, não contínua. Pois há cento e poucos anos estudava-se a respeito. O industrial Westhingouse, que produzia as famosas geladeiras, patrocinava a pesquisa de Tesla, físico que apostava na corrente alternada. No outro campo, da corrente contínua, estava Thomas Edson, que com sua Edson General Eletric e o financiamento de J.P.Morgan demonstrava ao mundo suas teses com uma cadeira elétrica (Westhingouse e Tesla iluminaram a Feira Mundial com mais de duzentas mil lâmpadas de corrente alternada…). Após a decisão da construção de usinas produtoras de corrente alternada, o que fez Morgan? O banqueiro tomou a patente do concorrente e, de quebra, tirou o “Edson” do nome e da propriedade da companhia elétrica, a também famosa GE.
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Senhor Iso. Gostaria de ter seu endereco de emeio para enviar-lhe alguns trabalhos que escrevi. Rossetto1939@gmail.com
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