
Amauri Perusso, no Sul21
A dívida pública se amplia em razão dos mecanismos financeiros que determinam sua realimentação, sem qualquer contrapartida
O auditor fiscal gaucho, também presidente da FENASTC, tece considerações sobre a dívida pública nacional e de seu Estado de atuação no serviço público.
Por que é produzido endividamento? Para servir “de instrumento de financiamento das atividades e dos investimentos governamentais”. No Brasil e no Rio Grande do Sul a dívida pública gera contrapartida em bens e serviços para a população? Não. Como justificar a legitimidade dessa dívida? Esta é a questão central para o povo. Qual o motivo, então, da dívida seguir crescendo, ainda quando ocorrem pagamentos anuais significativos? A dívida se amplia em razão dos mecanismos financeiros que determinam sua realimentação, sem qualquer contrapartida.
A dívida pública da União atingiu R$ 7,8 trilhões. O pagamento de juros (e a rolagem) constitui-se na principal rubrica de despesa. Tudo sem uma auditoria profunda.
Na dívida da União, a taxa SELIC, atualmente em 13,75% ao ano (ainda que seja uma taxa indicativa, na medida em que os títulos públicos são negociados acima desse índice) faz crescer o montante da dívida e, sinaliza ao “mercado”, que este é o piso mínimo para remuneração.
A inversão de valores está completa. A dívida impede investimentos e desenvolvimento.
No artigo original, Perusso detalha a situação sul-riograndense e os evidentes prejuízos aos gaúchos do endividamento regional, que você confere no Sul21 (+299 palavras).
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