O Dr. Sergio Barroso – doutor em ciências médicas e econômicas – elabora estudo sobre o fetiche da moeda e como isso se relaciona com a acumulação financeira hodierna, para emprestar-lhe a expressão.
Na fase terminal do desenvolvimento capitalista, o poder o equivalente universal das mercadorias é expresso na política e fortemente suportado pelo equivalente atômico do dinheiro.
Todo o gasto público que não seja com o capital fictício ou portador de juros é malvisto, assim no Brasil como no mundo.
Em duas breves seções, o artigo aborda: 1) Uma parte teórica, acerca da “abstração” e sua mania de provir o vendaval da moeda. 2) A sistemática operação do poder político para fazer mais o valor – o saque e a especulação via políticas monetária e fiscal que se generalizou.
1.Moeda e política monetária: três grandes rupturas
A destacada economista francesa Suzanne de BRUNHOFF (1929-2015) foi direto ao ponto aludido, quando publicou um pioneiro ensaio de interpretação marxista sobreA política monetária(Paz e Terra, 1978 [1973-4]). Então voltado às grandes mudanças a partir do desvinculamento do dólar ao ouro, desde agosto de 1971, pelo governo Nixon, um dos pontos cruciais desse estudo diz respeito à ideia de que é “preciso explicitar” a articulação intrínseca – a relação – entre política de classee moeda, no capitalismo hodierno. Pois haveria, como em toda economia mercantil, em…
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Um comentário em “Fúria da moeda e “austericídio” fiscal”