Entre os analistas que comentam o surgimento dos depósitos voluntários está Maria Lucia Fatorelli, coordenadora da Auditoria Cidadã da Dívida. Em seu Congresso dá vitória ao overnight traz outro viés da questão: a comodidade dos bancos em se servir do dinheiro do Tesouro a partir da politica monetária de enxugamento de liquidez oriunda das reservas internacionais, enriquecimento mais fácil que colocar a poupança popular a serviço da coletividade e do desenvolvimento equilibrado do país, como a Lei deles espera.
Enquanto Oreiro explica sobre a maior transparência dos depósitos no Bacen em relação às atuais operações compromissadas e as possibilidades econômicas derivadas do ato, Fatorelli lembra que as compromissadas integram uma “uma operação extremamente nociva à economia, pois provoca a elevação dos juros no mercado, amarrando toda a economia do país, além de custar caro aos cofres públicos: em 10 anos, custou quase R$ 3 trilhões e fez explodir a dívida pública”.
Na última terça-feira dia 22 de junho a câmara dos deputados aprovou o PL que autoriza o BACEN a receber depósitos voluntários dos Bancos Comerciais, os quais passarão a ser uma alternativa as operações compromissadas na regulação diária da liquidez do mercado interbancário, necessária para permitir a autoridade monetária fixar o valor da taxa Selic na meta definida nas reuniões do Copom. Importante ressaltar que os depósitos remunerados são um instrumento de política monetária utilizado tanto pelo Federal Reserve ( o Banco Central dos Estados Unidos) como pelo Banco Central Europeu. Nesse aspecto, o PL está aperfeiçoando a operacionalidade da política monetária no Brasil, emparelhando-a com as melhores práticas existentes nos países desenvolvidos.
No entanto, alguns analistas criticaram o PL argumentando de que o mesmo permitiria uma (sic) redução artificial, puramente contábil, na dívida bruta do governo geral (DBGG). Isso porque, conforme a metodologia de cálculo da DBGG adotada pelo…
Ver o post original 901 mais palavras