
Carlos Lopes, na Hora do Povo
É compreensível que uma decisão como a do ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), na segunda-feira (08/03) à tarde, cause uma certa comoção.
Entretanto, o mais significativo – e aparentemente, mas só aparentemente, esdrúxulo – é a raiva dos que encararam a decisão de Fachin como um modo de evitar que Sérgio Moro, o então juiz da 13ª Vara Federal de Curitiba, fosse julgado “suspeito”, no julgamento que se armava (o termo não é despropositado) para as próximas semanas.
A expressão mais clara, mais nítida, das intenções – e da frustração – dessa camada política, foi a declaração do presidente da Câmara dos Deputados, aliado de Bolsonaro, o deputado Arthur Lira (PP-AL):
“Minha maior dúvida é se a decisão monocrática [de Fachin] foi para absolver Lula ou Moro. Lula pode até merecer. Moro, jamais!”
Com isso, colocou para fora o que várias personalidades – inclusive o próprio ministro Fachin e o também ministro do STF Luís Roberto Barroso – declararam nas últimas semanas: formou-se, no Brasil, uma aliança para asfixiar o combate à corrupção.
A questão mais importante é que a tentativa de destruir o trabalho realizado pela Operação Lava Jato, através da “suspeição” de Moro, significaria não apenas remeter o processo do triplex do Guarujá para a estaca zero, mas, no limite, todos os processos, incluídos todos os de Eduardo Cunha – do qual Arthur Lira foi apoiador até o último instante -, Geddel, Cabral e outras centenas de ladrões da propriedade do povo. (+958 palavras, Hora do Povo)
Leia também sobre outras tentativas de abafar crimes de corrupção em Não roubar, não deixar roubar, por na cadeia quem roube e Operação “Abafa-a-jato”.
Bom dia!
Diante da falencia de todas ou quase todas instituicoes por politicagem de interesses de grupos e particulares , resta o STF como a unica para atuar , proteger interesses do povo . Nao creio que os esforcos dos Ministros sobre o caso seria de pouco estudo, analise e em vao.
Homens experientes , idosos, sem interesse de ficar brincando com a busca da verdade , estao mostrando um trabalho bem apurado.
Ainda muito pela frente.
Vamos entrar num ano politico propriamente dito (eleicao) e a busca da verdade real se faz necessaria.
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