Felizes 2021 a 2030

Longe de ter sido uma década perdida, como afirmam os economistas! O mero fato de a termos completado com saúde e família mais numerosa já seria o bastante para ficarmos no lucro.

Mas nem por isso nossa vida nacional não poderia ter sido melhor aproveitada. Foram dez anos em que a nossa produção interna bruta empacou, não obstante o crescimento populacional. Um período coroado por uma pandemia de um vírus ainda não de todo conhecido, que ceifou prematuramente mais vidas do que seria possível ao país do Zé Gotinha, se a negação da ciência e o desprezo pelos brasileiros não partisse do próprio Presidente da República.

A linha do tempo à direita traz manchetes sempre do mês de dezembro, como se promessas presidenciais de ano novo fossem. Dois chefes de Estado que não deixam saudades e um terceiro que se esforça unicamente em superar o atraso dos seus antecessores, buscando brechas até mesmo para o retorno do fascismo ao seio do nosso povo.

A escolha do trio de mandatários pela subserviência do Brasil ao capital predatório estrangeiro explica em boa medida os resultados negativos. Entregar o “passaporte para o futuro” – o pressal e seu Campo de Libra – às mãos do cartel petrolífero não podia dar coisa boa. Mas não veio só. Mesmo sem a “tosse da vaca” os direitos foram, um a um, sendo flexibilizados para aumentar a exploração da nossa mão-de-obra e enxugar assim o nosso mercado interno.

Entre propinas e milícias o Estado nacional originário da Revolução de 30 foi – e está – sendo desmontado, ainda que quem viva do trabalho ofereça a resistência que cabe. Não se trata do número de zeros envolvidos, mas trato nada republicano com a coisa pública. Um apartamento tinha 51 milhões, a outra conta recebeu depósito de 89 mil. Um trabalhava com chocolates e pequenos imóveis, outro com um monopólio de lavra da ordem de uma Sete Brasil.

Se antes morriam os operários sob uma obra metroviária de iniciativa privada e no afundamento de uma plataforma da Petrobras por falta de manutenção, a gente mineira de Mariana e Brumadinho viu a lama encerrar muitas vidas, por mau cuidado da segurança das instalações antes públicas. Mas nada disso se assemelha ao holocausto viral.

Podem enganar alguns por muito tempo, ou muitos por um tempo curto, mas não é possível enganar uma Nação o tempo todo.

Está chegando a hora de o Brasil se libertar. Que 2021 seja o ano da vacina, da democracia e da retomada do desenvolvimento nacional.

Saúde, amigos, e que a Paz seja convosco.

Retrospectiva

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Publicado por Iso Sendacz

Engenheiro Mecânico pela EESC-USP, Especialista aposentado do Banco Central, conselheiro da Casa do Povo, EngD, CNTU e Aguaviva, membro da direção estadual paulista do Partido Comunista do Brasil. Foi presidente regional e diretor nacional do Sinal. Nascido no Bom Retiro, São Paulo, mora em Santos.

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