A Receita Federal publica anualmente os grandes números do Imposto de Renda da Pessoa Física. Os dados mais recentes referem-se ao ano-calendário 2018, declarados ano passado.
Aqui estudamos as rendas de 28 milhões de brasileiros sujeitos ao tributo, excetuando-se dois milhões de microempreendedores individuais, pessoas sem natureza de ocupação definida e as declarações de espólio e pensão alimentícia. Como se verá, o mito de o salário público ser superior ao da iniciativa privada não se sustenta diante dos fatos.
O rendimento anual líquido médio de IRPJ na área privada , já acrescido do depósito no FGTS de um salário por ano aos empregados, foi de R$ 107.165, ao passo que os servidores públicos perceberam R$ 106.869. Já os aposentados tiveram proventos médios de R$ 99.243 em 2018, completando um quadro de equidade entre aqueles que são obrigados à declaração do imposto de renda, já que parcela da aposentadoria é isenta do tributo.
No entanto, os números apresentam importantes diferenças em pelo nos aspectos abaixo.
No setor privado, os capitalistas e empresários recebem mais que o triplo dos seus empregados (R$ 267 x 82 mil anuais), fenômeno classificado na economia como “apropriação de mais-valia”.

Além disso, muitas despesas arcadas diretamente pelos trabalhadores são pagas em nome dos donos de negócios por meio da pessoa jurídica.
A carga tributária efetiva, de 6,6% paga ao Leão, também não é lá muito justamente distribuída:

- 9,5% – Servidor Público
- 7,8% – Empregado no Setor Privado
- 7,5% – Aposentado
- 4,7% – Capitalista e empresário
Colaborou Daro Piffer. Mais sobre justiça tributária em Reforma Tributária Solidária e na nossa página de Economia e Finanças.
Um comentário em “Trabalhador público, privado ou aposentado: quem ganha mais?”