
Ademir Pestana* consignou nas páginas de A Tribuna de 26.5.2020 justo manifesto ao desfeito da Petrobras quanto à cidade de Santos. Já havíamos colocado números ao que o vereador chama de sonho em A riqueza mora em frente à praia, bem como mostramos em Caminhos da independência sobre como santista adotivo Guilherme Guinle saiu do porto para descoberta do primeiro óleo no Brasil.
O anúncio da petroleira em deslocar parte significativa do contingente administrativo de Santos ao Rio de Janeiro é de fato muito ruim para a ilha encantada. Ao invés de construir os dois blocos que ainda faltam para hospedar o efetivo original de 7 mil empregados, a empresa quer diminuir o efetivo em território santista em cerca de 980 trabalhadores. Bem aponta Pestana o que isso significa em perda de receitas municipais e pessoais, diretas e indiretas.
E por que esses olhos tão pequenos?
Quando dimensionada a Bacia de Santos, cujo óleo pressalino é próprio para o parque refinador do litoral paulista, nossa maior empresa projetava um centro gestor na cidade e uma base operacional off-shore na vizinha Guarujá. Empregos qualificados, comércio e serviços para a empresa e os novos profissionais, mais royalties do petróleo, enfim, avanços para Santos e suas vizinhas.
A nova visão federal, no entanto, parece caminhar no sentido oposto: exploração pelos estrangeiros e migalhas para a Baixada!
Precisa e tempestiva a denúncia de Ademir. Abre-se a oportunidade da luta pelo futuro de Santos, de São Paulo e do Brasil. São centenas de milhões de reais potenciais apenas para a metrópole litorânea!
Vamos reunir nossas forças pelo nosso amanhã?