
Provavelmente foi figurativa a linguagem. Mas quando o chefe dos servidores públicos diz que cada um tem que trabalhar “com uma granada no bolso”, como assegurar um bom desemprenho dos seus subordinados? Com duzentos reais por mês?
O sujeito não fez, nem muito menos passou, em qualquer concurso público, nem aqui nem no Chile. Acha que pode vender o que não lhe pertence, algo que lhe pareceu possível propor em uma reunião de Ministros de Estado como a que assistimos todos.
Da aplicação de suas lições escolares em terra chilena colhem-se suicídios entre os idosos de hoje, ontem involuntários participantes do experimento ultraliberal.
Mas aqui e agora precisa saber o senhor da geladeira que os médicos, professores, especialistas em políticas públicas, enfermeiros, policiais e escriturários não são seus empregados nem o Brasil é o seu negócio.
O Brasil é a Pátria mãe-gentil constituída em República Federativa e organizada sob o Estado Democrático de Direito.
Seus servidores públicos, civis e militares, são funcionários de Estado, não de governo, provados em concurso público e obedientes exclusivamente aos ditames da Lei. Trabalham em benefício da sociedade, não dos interesses privados que por ventura movam certos participantes do círculo governamental.
Da sua estabilidade e, em muitos casos, da exclusividade dos seus afazeres laborais deriva a objetividade do servidor de carreira em atender ao interesse público.
Muito bem analisado
CurtirCurtir