
Já havíamos nos servido de Memória, Visão e Esperança, a autobiografia de Luiz Lemos Leite, para ilustrar nosso artigo Ignorância e Necropolitica. Mas o testemunho do estimado colega aposentado de BC e presidente da Anfac sobre a pessoa do Presidente militar é preciosidade digna de nota.
Sobre sua escorreição, relatava:
“Era formalíssimo e supereducado.
Era muito culto, conhecia nosso idioma na perfeição e cultivava as belas letras. Ruy Barbosa era, para ele, um verdadeiro ídolo. Sabia apreciar e saborear um texto bem redigido, sentia nos ouvidos e manifestava imediato desagrado por qualquer erro gramatical ou, mesmo, pela simples utilização de uma palavra menos adequada para exprimir um conceito preciso”.
Dos seus diálogos com o Chefe da Nação, trouxe mais:
“Era homem de visão, um intelectual no sentido pleno do termo. Desde jovem oficial fazia leituras sistemáticas sobre política, economia, literatura, cultura em geral.
Não apenas lia muito, mas pensava. Raciocinava. Era um homem de reflexão.”
Fica fácil perceber de quem o Dr. Leite falava, do Marechal Humberto de Alencar Castelo Branco. Destarte discordâncias que possamos ter quanto ao ex-ditador, que o autor julga democrata, em algo, além da patente mais elevada, ele se diferencia do atual mandatário.
Não agredia chulamente o vernáculo nacional para salvaguardar seus protegidos das bençãos da Justiça.
Leitura suplementar sobre a reunião ministerial: O governo da família.
2 comentários em “O idioma pátrio é inconspurcável”