A Polônia que viu nascer meus ancestrais também tem o seu feriadão: são os Dias de Maio!

Início da primavera no hemisfério norte, a exemplo da maioria dos países do planeta também é feriado no primeiro dia do mês, quando se homenageia o trabalho.
Aos que, como eu, não dominam o idioma local, os dizeres são: “vamos restaurar o trabalho decente”.
Muito antes da greve de Chicago de 1886 que inspirou o Dia do Trabalho, em 1791 surgia aos olhos do mundo a primeira Constituição moderna, promulgada em um 3 de Maio pelo parlamento – a Sejm de Quatro Anos.

Entre os muitos avanços, estabelecia a unidade nacional sob os Guardiães das Leis – o Rei e cinco dos seus ministros -, a monarquia coletiva e a tolerância religiosa, ainda que fixado o catolicismo como religião oficial.
As reações dos países vizinhos, em especial da czarina russa, culminaram com vida breve da Carta Magna polonesa, dando início aos dois anos de vigência à segunda partição da Polônia, até a independência de 1918, alcançada também em um Três de Maio.

Quando da derrocada do invasor nazista em 1945, a maior parte do território polonês já havia sido libertada. Mas foi às vésperas da vitória aliada de Nove de Maio que o último – e também o mais antigo – dos campos de concentração teve atividade encerrada, contabilizando 65 mil poloneses católicos, judeus e ciganos mortos.


Na sexta-feira já havíamos publicado obra de José Aron Sendacz alusiva ao Primeiro de Maio. Ele nasceu em Varsóvia logo após o início da República em 1918 e veio ao Brasil, com seus pais, em 1930.
Ao lado, capa da primeira constituição polonesa.
Com informações e imagens principalmente da Wikipédia.
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