A colunista Claudia Safatle, do Valor Econômico, informou na sexta-feira, 17, a intenção oficial de promover a recuperação econômica no pós-crise.

Segundo a matéria, o Ministro Paulo Guedes, da Economia, encomendou ao Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) estudo sobre como promover a retomada da economia quando o isolamento social acabar, com a vitória da vida contra a pandemia.
A jornalista antecipa as medidas em avaliação pela equipe econômica: recompor as cadeias produtivas no mercado doméstico; patrocinar investimentos em infraestrutura na linha das PPP (Parcerias Público Privadas ) e do PPI (Programa de Parceria de Investimentos); e reforçar a rede de proteção social para socorrer os novos desempregados.
Ainda na coluna Safatle informa que os gastos públicos subiriam este ano dez pontos percentuais em relação ao PIB (dos atuais 75,7% para a faixa de 85 a 90%) e 70 bilhões de dólares das reservas internacionais brasileiras seriam vendidas para formar um caixa em reais de cerca de 350 bilhões.
Governo e analistas concordam com projeções de queda do PIB brasileiro e o fechamento da economia mundial. Há grupos que preveem mais que uma recessão, que o mundo e o Brasil criem um “novo normal” no fundo do poço.
Se as ideias de Guedes, que não contam nem com a simpatia do presidente do Banco Central nem com a expansão monetária defendida, entre outros, por Henrique Meirelles, antecessor de ambos com resultados positivos ante as metas que se lhe impunham, o futuro dirá.
Mas há, antes disso, um problema político a ser resolvido.
O simples risco de sucesso do plano colocaria Guedes em destaque semelhante ao que amealhou o ex-ministro Mandetta por suas ações de combate ao vírus, e poderiam causar-lhe também a demissão por, digamos assim, atrapalhar a necropolítica do Chefe de Estado.
Se quisermos dar prioridade à vida agora e, depois, todos juntos e saudáveis reconstruirmos nossa Nação, é preciso dar um basta a Bolsonaro.
P.S.: um plano mais abrangente, comprometido com os brasileiros e eficaz foi elaborado pelos servidores públicos da União.
Leitura suplementar sugerida sobre o pós-pandemia: José Luis Oreiro.